Partido de Iulia Timochenko acusa polícia de ter invadido sede
Homens armados e mascarados invadiram nesta segunda-feira a sede do partido em Kiev da ex-premiê ucraniana Iulia Timochenko e apreenderam material informático. A denúncia foi feita pela porta-voz do partido Batkivhtchina, Marina Soroka. Ela declarou pelo Facebook que as forças especiais ucranianas (SBU) foram as responsáveis pela intervenção. As forças de segurança negam.
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Paralelamente, a polícia ucraniana conseguiu dispersar os manifestantes favoráveis à União Europeia que bloqueavam a sede do governo em Kiev, reforçando a tensão entre oposição e as autoridades. O procurador-geral Viktor Pchonka fez um apelo aos manifestantes a “não colocara paciência das autoridades em prova”.
Pressionados pelas forças de choque, os manifestantes recuaram em direcao à praça da Independência, centro dos protestos, informou um fotógrafo da AFP no local. Apesar da neve e de temperaturas negativas, dezenas de manifestantes permaneciam concentrados na área. Nenhum confronto foi registrado.
A polícia confirmou à AFP o desbloqueio de prédios públicos no bairro que abriga ainda a administração presidencial e o parlamento, realizado após “múltiplos pedidos de cidadãos impedidos de passar ou ir para casa”.
Pressão russa
A rejeição do presidente Viktor Yanukovich em assinar um acordo de associação com a UE, negociado durante meses, afundou a Ucrânia em uma crise política sem precedentes desde a chamada Revolução Laranja de 2004, que permitiu a chegada de líderes pró-ocidentais ao poder.
Os líderes da UE acusam a Rússia de ter exercido pressões econômicas e ameaças inaceitáveis sobre a Ucrânia para que renunciasse à associação com a União Europeia.
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