Putin volta atrás e pede retirada de autorização para intervir na Ucrânia
Em um sinal de apoio às negociações de paz na Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta terça-feira (24) que o Parlamento russo cancele a autorização para que Moscou intervenha militarmente no país vizinho. A resolução havia sido solicitada pelo próprio Putin, em 1º de março, no auge da crise ucraniana.
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O objetivo da decisão é ajudar na normalização da situação na Ucrânia, informou o porta-voz do presidente. A resolução foi aprovada sob o argumento da defesa das populações russas que vivem na Ucrânia. O texto deve ser revogado na quarta-feira, conforme um parlamentar.
O pedido acontece no dia seguinte a uma conversa telefônica entre os presidentes russo e americano. Ontem, Barack Obama voltou a pedir a Putin para apoiar a paz e parar de fornecer armas aos separatistas. Já o russo reiterou esperar o fim dos ataques por parte do exército ucraniano contra os separatistas e defendeu o início de um diálogo direto entre os envolvidos no conflito.
Separatistas aceitam trégua
Sinais de redução das hostilidades também vieram do leste da Ucrânia. Os chefes separatistas aceitaram ontem um cessar-fogo provisório, até a próxima sexta-feira (27), para dar uma "chance às negociações com o presidente ucraniano”, Petro Porochenko.
O presidente havia proclamado um cessar-fogo unilateral e apresentado um plano de paz para o leste separatista na última sexta-feira, composto de 14 itens. Hoje, Porochenko comemorou o pedido de Putin para cancelar a autorização de intervenção na Ucrânia. Para ele, a solicitação “é um primeiro passo concreto” dos russos depois do apoio, manifestado por Moscou, à proposta de paz feita por Kiev.
O plano ucraniano foi aprovado ontem pelos ministros das Relações Exteriores da União Europeia, que voltaram a pressionar a Rússia por mais cooperação e a ameaçar o país de novas sanções, por sua participação na crise com o país vizinho.
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