Independência da Escócia é decidida em referendo nesta quinta

Mais de quatro milhões de eleitores foram convocados às urnas nesta quinta-feira (18) para decidir se o país deve ou não se emancipar do Reino Unido. Mesmo se os opositores à independência aparecem como maioria nas pesquisas de intenção de voto, o número elevado de indecisos torna o resultado do pleito uma incógnita.

Os partidários da independência da Escócia manifestaram até a véspera do referendo REUTERS/Paul Hackett

Os eleitores devem responder “sim” ou “não” à questão : “A Escócia deve ser um país independente?” Segundo as últimas pesquisas de intenção de voto, pouco mais de 50% da população se opõe à emancipação. No entanto, as sondagens também constatam um número de indecisos que flutua entre 8% e 14%, o que deve manter o suspense sobre o resultado do pleito até a contagem final.

Partidários e opositores à independência ficaram mobilizados até as últimas horas da campanha para tentar convencer essa parte do eleitorado. Os três principais partidos políticos britânicos – Conservador, Trabalhista e Liberal Democrata – reafirmaram na véspera do pleito que se a Escócia permanecer no Reino Unido pretendem lutar por um nível elevado dos gastos públicos, além de conceder aos escoceses o controle sobre o orçamento no setor da saúde. Já o escocês Alex Salmond, um dos líderes da causa independentista, pediu que seus compatriotas não desperdicem essa oportunidade.

Manifestações populares também marcaram o final da campanha. Nesta quarta-feira centenas de partidários da independência saíram às ruas em Glasgow, a maior cidade da Escócia. Já no centro da capital Edimburgo cartazes favoráveis à emancipação podiam ser vistos em praticamente todos os bairros.

As zonas eleitorais ficam abertas até as 22 horas (horário local). Os primeiros números devem ser divulgados na madrugada de sexta-feira e o resultado final é previsto para o início da tarde.