Charlie Hebdo, cinco anos depois
Cinco anos após o ataque ao jornal Charlie Hebdo, o editor Charles Biard diz que continua a haver muita gente que evoca "o espírito Charlie", mas não o sabe aplicar de forma correcta.
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Em entrevista à RFI, Charles Biard afirma que cinco anos depois do atentado que abalou "a democracia francesa" a vida regressou à normalidade. O editor do jornal satírico lembra, porém, que o que mais o preocupa é que continua a haver muita gente que evoca o “espírito Charlie”, mas não o sabe aplicar de forma correcta.
Charles Biard falou do processo, previsto para o mês de Maio, onde 14 pessoas são acusadas de terem fornecido suporte logístico aos irmãos Koachi. “Um processo desta natureza é sempre importante. E pessoalmente não acredito que vamos descobrir grande coisa. No entanto, estou curioso para saber quais serão os debates que vão surgir à volta deste processo”, referiu.
Na edição que assinala os cinco anos do atentado, o semanário convidou os familiares das vítimas do ataque para escolherem uma crónica ou um desenho. Charles Biard justificou a decisão pela necessidade de continuar a dar voz aos 12 jornalistas e cartoonistas assassinados a 7 de Janeiro 2015.
O ataque contra o semanário, conhecido pelo seu longo historial de cartoons críticos em relação ao islão e outras religiões, foi o primeiro de uma série de atentados perpetrados em França que em 2015 fizeram mais de 250 mortos no país.
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