Dezenas de mortos nos funerais do general iraniano Soleimani no Irão

No Irão, pelo menos 50 pessoas mortas à margem da cerimónia fúnebre do general iraniano, Qassem Soleimani, morto no Iraque por um drone americano a semana passada, no Iraque. O enterro que devia ser em Kerman na terra natal do general acabou por ser adiado. A comunidade internacional continua a apelar à retenção. 

Dezenas de mortos nos funerais do general iraniano Soleimani no Irão ATTA KENARE / AFP

Um movimento de pânico com empurrões duma multidão provocou cerca de 50 mortos durante o enterro do general iraniano, Qassem Soleimani, no sudeste do Irão, funeral na sua terra natal, Kerman, que acabou por ser adiado.

A multidão reclamava vingança gritando "Morte à América, durante cerimónias de homenagem ao general Soleimani, assassinado a semana passada por um ataque americano.

Nos empurrões ficaram igualmente feridas 230 outras pessoas, declarou à imprensa, Pir Hossein Koulivand, médico chefe de serviço nacional das Urgências.

O centro de Kerman, cidade natal do general onde devia ser hoje enterrado, foi invadido por uma maré humana idêntica àquela de domingo em cerimónias fúnebres de Soleimani e sua equipa no Iraque.

O Parlamento iraniano votou entretanto uma lei classificando todas as forças americanas como "terroristas" após o assassínio de Soleimani, chefe do grupo de elite dos Guardas da revolução. 

Comunidade internacional receia escalada e apela à retenção

Desde a morte de Soleimani, a comunidade internacional receia  uma escalada da violência na região.

Assim, o secretário-geral da NATO, Stoltenberg, apelou o Irão a evitar mais violência e provocações.

Paralelamente, ministros europeus dos Negócios estrangeiros, nomeadamente, francês, italiano, alemão e britânico estão reunidos em Bruxelas onde a questão será analisada.

Enfim, a Alemanha anunciou a retirada das suas forças na coligação internacional presente no Iraque.

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Mais de 50 mortos nas cerimónias fúnebres no Irão do general Soleimani