"Eliete - A vida normal" apresentada ao público francês

A obra “Eliete – A vida normal” da escritora portuguesa Dulce Maria Cardoso acaba de ser traduzida para francês pela editora francesa Chandeigne.

Apresentação do livro "Eliete - A vida normal" no Phono Museum de Paris, quinta-feira 8 de Outubro. © RFI

Eliete – A vida normal, editado em Portugal em 2018 pela Tinta-da-China, é um dos 12 romances estrangeiros que integram a lista de candidatos do Prémio Femina.

O romance de Dulce Maria Cardoso, Eliete – la vie normale foi editado em França pelas Editions Chandeigne, com tradução de Elodie Dupeau.

"Já é muito bom estar nesta lista de nomeações. Evidentemente que gostaria muito de ganhar e mentiria se dissesse isso, mas já é um privilégio e uma honra estar na lista porque se publica muito em França, publicam-se muitos romances em França", descreve a escritora portuguesa.

A lista de 15 nomeados foi reduzida para 12 escritores e obras "os nomeados são muito bons. Estar lá a Eliete já é muito bom", sublinha.

"Passando ou não a outra selecção é continuar e espero que a Eliete encontre tantos leitores em França como encontrou em Portugal. Acima de tudo que as pessoas se divirtam a ler", explicou Dulce Maria Cardoso.

Quando Maria Dulce Cardoso escreve é para contar "histórias que divirtam as pessoas", explica, mas acima de tudo para que os leitores "passem um bom bocado. É também para isso que os livros servem", lembra.

Os vencedores do Prémio Femina serão anunciados no dia 3 de Novembro.

O premio Femina foi criado em 1904 por 22 colaboradores da revista feminina La Vie Heureuse e teve sempre um júri composto exclusivamente por mulheres, em protesto contra o júri do Prémio Goncourt, formado apenas por homens.

Nos 12 finalistas encontra-se a obra "Eliete – A vida normal", que conta a história de uma mulher casada, mãe de duas filhas, agente imobiliária, insatisfeita com a vida e com o casamento, e que, na procura de mudança descobre através da Internet e das redes sociais, uma nova forma de vida.