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França/Covid

Contestação marca alargamento do passe sanitário em França

Desde esta quarta-feira, 21 de Julho de 2021, o acesso a recintos culturais em França como museus, teatros, cinemas, parques de diversão ou ginásios de mais de 50 pessoas é condicionado à apresentação de um passe sanitário. A medida é contestada por amplas franjas da sociedade denunciando a obrigatoriedade tácita da vacinação contra a Covid-19.

Protestos contra a obrigatoriedade do passaporte sanitário na França
Protestos contra a obrigatoriedade do passaporte sanitário na França REUTERS - GONZALO FUENTES
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As pessoas que tiverem sido totalmente vacinadas devem apresentar o respectivo passe sanitário à entrada de recintos culturais e ou desportivos de mais de 50 pessoas.

Trata-se de um código QR legível no smartphone ou na versão impressa do documento da vacinação.

Caso não tenham sido vacinadas as pessoas ficam sujeitas à apresentação de um teste negativo contra a Covid-19 de menos de 48 horas.

Um dispositivo que, a partir de 1 de Agosto, deve ser alargado a restaurantes e bares (incluindo esplanadas) e também aos centros comerciais.

A medida até agora vigorava apenas para acontecimentos de mais de 1 000 pessoas, caso do recente Festival de cinema de Cannes.

Um dispositivo que obrigou os estabelecimentos a preparar-se para que o acesso não fique demasiado condicionado devido a longas filas de espera.

Por outro lado muitos sectores que contestam a respectiva implementação denunciam um atentado às liberdades individuais e a obrigação "disfarçada" da vacinação.

Para contornar o obstáculo muitas salas poderiam também limitar a reserva de lugares até 49 pessoas para evitar a obrigatoriedade do controlo do passe sanitário.

Por outro lado as autoridades francesas anunciaram que as pessoas que tenham sido totalmente vacinadas podem prescindir do uso da máscara no interior dos estabelecimentos em causa, salvo medida contrária decidida pelo equivalente do governo civil.

O dispositivo agora alargado ocorre num momento em que a pandemia conhece um aumento exponencial, os casos de Covid-19 aumentaram em França nas últimas 24 horas 150%, um número de que não há memória cifrando-se em cerca de 18 000 novos casos da doença, nomeadamente devido ao alastramento da chamada variante delta.

Francisco e Cunha, humorista franco-português de Paris, denuncia uma medida que seria a tradução na prática da obrigação de as pessoas se vacinarem contra a Covid-19.

"Eu não sou contra as vacinas, as pessoas que querem ser vacinadas podem ser vacinadas e quem não quer não é obrigado a vacinar-se."

O humorista afirma ser facto que muitas reservas estão a ser canceladas com as pessoas a desistirem de se deslocar aos recintos culturais para não ficarem sujeitas ao passe sanitário ou então que os teatros estão a limitar a sua capacidade a 49 espectadores.

"É uma obrigação disfarçada [a da vacinação]. Então agora vai ser oficial que há em França um homor do governo que vão poder actuar nos teatros, etc. e que os outros não vão poder falar."

02:33

Humorista Francisco e Cunha denuncia passe sanitário em França, 21/7/2021

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