França acolheu talibã e mantém-no sob vigilância apertada
O ministro francês da administração interna, Gérald Darmanin, em declarações esta manhã à rádio France Info, admitiu que um talibã tinha chegado a França proveniente do Afeganistão via Abu Dhabi. O governante confirma que o estrangeiro, e 4 próximos, ficaram sob vigilância policial assim que chegaram a França.
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O governante alega que todas as pessoas provenientes do Afeganistão foram alvo em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, na base militar francesa de um apertado controlo de identificação.
Ao chegarem a França no fim de semana o grupo de 5 afegãos ficaram sob a alçada de uma "Medida individual de controlo administrativo e de vigilância" (MICAS).
Dentre eles constava um talibã que teria ajudado, em larga escala, na evacuação da embaixada francesa de Cabul. Nascido em 1995 ele teria admitido ter pertencido ao movimento talibã e reconheceu ter estado na posse de armas, enquanto responsável de uma barricada perto da capital afegã.
Os cinco afegãos estão a ser vigiados em França pela Direcção geral da vigilância interna.
Gabriel Attal, porta-voz do governo francês, alegou ao canal televisivo BFM TV que todos os meios foram implementados para controlar quem chega a território da França.
Em declarações esta manhã á rádio pública France Info o ministro da administração interna, Gérald Darmanin, explicou em que consistia o caso deste afegão tido como talibã.
"Entre os mil afegãos que trouxemos para França houve, de facto, um que supostamente mantinha ligações com os talibã.
Mas ele ajudou bastante o exército francês, jornalistas, uma centena de afegãos que puderam chegar a França por nos terem ajudado.
Como suspeitávamos que a pessoa em causa e os seus próximos tivessem tido ligações com o governo afegão talibã decidimos colocá-lo sob vigilância.
Assim que ele chegou a território nacional ele ficou sob prevenção administrativa, ele é vigiado, bem como os seus contactos, pelos serviços de informação.
Sabemos localizá-lo ao pormenor, ele ficou sujeito a uma série de obrigações. Um dos membros deste grupo de 5 deixou o local onde era suposto ter ficado.
Colocámo-lo ontem sob custódia policial, por isso as autoridades estão atentas aos casos destas pessoas. "
Gérald Darmanin, ministro francês da administração interna, registo da France Info, 24/8/2021
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