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FIAC

FIAC decorre em Paris, artista guineense expõe pela primeira vez

A maior feira de arte contemporâne da França, a FIAC, decorre até este domingo em Paris, a primeira verdadeira edição aberta ao público após a interrupção ditada pela pandemia. O artista plástico guineense Nu Barreto expõe obras suas realizadas durante o confinamento, com a Galeria Nathalie Obadia.

Artista plástico guineense Nu Barreto na FIAC 2021 em Paris a 22 de Outubro de 2021.
Artista plástico guineense Nu Barreto na FIAC 2021 em Paris a 22 de Outubro de 2021. © rfi/Miguel Martins
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São mais de 170 as galerias dos cinco continentes presentes na FIAC, uma 47a edição que decorre num recinto efémero perto da Torre Eiffel já que o tradicional "Grand Palais" (Palácio Grande) está encerrado para obras.

Paralelamente às galerias presentes no espaço algumas obras encontram-se dispersas pela cidade, como num dos jardins mais emblemáticos (Tuileries) ou na elegante praça Vendôme.

O acesso ao recinto faz-se mediante a apresentação do passe sanitário e exclusivamente com bilhete comprado online, obviamente o uso da máscara é também obrigatório.

Ainda assim após uma edição 2020 cancelada devido à pandemia de Covid19 os amantes da arte afluem, de novo, a Paris, para um certame onde também estão presentes galerias do Brasil.

Nu Barreto, artista plástico guineense, participa no evento através da galeria parisiense que o representa, Nathalie Obadia. Ele comentou à rfi estar expectante quanto à sua primeira participação no evento e ao reencontro com os aficionados.

Instantâneos da FIAC 2021 em Paris, incluindo obra do artista guineense Nu Barreto.

"A primeira expectativa que eu tenho: eu gostaria, muito mais, de falar desta força que a arte tem, que a cultura tem para fazer reviver as pessoas, os ânimos das pessoas.

As pessoas aproveitarem da criatividade porque aqui se encontram as primeiras galerias do mundo, podendo assim o público apreciar essa criatividade, dá uma outra ânsia, um outro dinamismo às pessoas para sairmos da vida actual que temos, provocada por essa pandemia.

Agora outra expectativa é que continue a ser aquela feira que é, promovendo sempre valores, promovendo a cultura. Acho que é determinante e primordial que nós mesmos, os artistas, estamos a precisar desse ponto focal, desse trampolim que é para nos podermos expressar, sermos ouvidos, sermos vistos através dos nossos trabalhos, que é mais importante e que esta feira possa angariar mais público e mais qualidade."

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Nu Barreto, artista guineense, expectativas quanto à FIAC

Nu Barreto lamenta, porém, o preço exorbitante da entrada na FIAC, 40 euros, que impede muitos curiosos de acederem ao recinto parisiense.

"Realmente o preço é exorbitante, já sabemos como funciona esse nosso mundo da arte. Quanto mais a feira é de uma cotação muito elevada tem tendência a ter preços muitos elevados. Se calhar o Ministério da cultura poderia ver essa situação porque é realmente um travão que não permite a uma outra sociedade ter acesso às nossas criatividades que são públicas, pômos as nossas obras ao dispôr dos olhares do mundo."

 

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Nu Barreto, artista guineense, preço do acesso à FIAC é exorbitante

Nu Barreto participa também, actualmente, na mostra "Europa, Oxalá" organizada entre três países: França, Portugal e Bélgica

Tratam-se de três antigas potências coloniais de África.

Aqui a parte francesa tem lugar em Marselha no museu MUCEM.

A mostra reúne obras de 21 artistas oriundos de antigas colónias, "filhos de impérios", nascidos e criados num contexto pós colonial que propõem uma reflexão sobre a respecitiva herança, memória e identidade.

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