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Energia

TotalEnergies vai deixar de comprar petróleo russo até ao final de 2022

A gigante da energia francesa, TotalEnergies, anunciou na terça-feira que vai deixar de renovar contratos ou fazer novos contratos para a compra do petróleo russo devido ao agravamento da situação na Ucrânia, esclarecendo que vai continuar a comprar gás a Moscovo.

TotalEnergies vai deixar de comprar petróleo à Rússia até ao fim de 2022.
TotalEnergies vai deixar de comprar petróleo à Rússia até ao fim de 2022. © Icon Sport/Waltraud Grubitzsch/dpa-Zentralbild/ZB
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A francesa TotalEnergies anunciou na terça-feira um embargo parcial às fontes de energia vindas da Rússia que vai só afetar as compras de petróleo. Assim, até ao final de 2022, não haverá nem renovação de contratos nem novos contratos para a importação de petróleo vindo da Rússia.

Este embargo parcial inclui também o gasóleo russo, que representa cerca de 25% do gasóleo importado pela França. Uma das alternativas para a compra de petróleo e seus derivados é a Arábia Saudita, avançou a empresa.

Já esta manhã, Patrick Pouyanné, líder da TotalEnergies, avisou que a suspensão dos contratos diz apenas respeito ao petróleo, já que não há ainda uma alternativa viável ao gás russo na Europa e o fim da compra deste recurso a Moscovo poderia significar pôr em causa o aquecimento nas casas dos particulares no inverno de 2023.

"Se eu decidir parar de importar o gás russo, não sei como o substituir, porque não tenho outras fontes disponíveis. Tenho contratos de 25 anos e não sei sair desses contratos", explicou o líder do gigante da energia francesa.

Os investimentos desta empresa francesa vão também continuar em projetos conjuntos de exploração de gás com o russo e centrais de gás em diversos pontos da Europa.

A TotalEnergies tem sido fortemente criticada em França por continuar a fazer negócios com a Rússia perante a invasão da Ucrânia, com o candidato ecologista às eleições presidenciais, Yannick Jadot, a dizer que a empresa é "cúmplice" do regime de Vladimir Putin. A empresa defende-se dizendo que são acusações "graves e infundadas".

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