Cimeira franco-britânica debate migração clandestina e guerra na Ucrânia
O Presidente francês, Emmanuel Macron, recebe, esta sexta-feira, em Paris, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, na 36.ª cimeira bilateral franco-britânica, a primeira reunião de alto nível em cinco anos. O fluxo de migração clandestina no Canal da Mancha é um dos temas principais, assim como a coordenação na ajuda militar à Ucrânia.
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É anunciada como a cimeira da “reconexão”, depois de as relações se terem degradado na época de Boris Johson e de Liz Truss.
No topo da agenda do encontro, deve estar um dos temas que mais tem crispado as relações entre os dois países: o controlo do fluxo de migração clandestina no Canal da Mancha, por onde entraram, no ano passado, mais de 45.000 pessoas no Reino Unido, contra cerca de 300 em 2018.
Londres tem argumentado repetidamente que França deve fazer mais para impedir a travessia de migrantes em embarcações e quer reforçar, ainda mais, as patrulhas contra os passadores e os pequenos barcos. Esta terça-feira, o governo britânico apresentou um projecto-de-lei controverso para limitar drasticamente o direito de asilo, algo que foi imediatamente denunciado pela ONU. O texto também ameaça com a detenção e a expulsão para os respectivos países ou países terceiros dessas pessoas.
Outro tema em cima da mesa é a resposta à guerra na Ucrânia e o reforço em matéria de Defesa e Segurança. De acordo com Downing Street, os dois dirigentes vão “anunciar uma coordenação acrescida para o fornecimento de armas à Ucrânia e a formação” de militares ucranianos. Os dois países querem, ainda, reforçar as “parcerias estratégicas” na energia nuclear e na descarbonização da economia.
O encontro acontece 15 dias antes da visita de Estado a França do rei Carlos III, naquela que será a sua primeira deslocação oficial ao estrangeiro.
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