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França

França: Borne garante ter feito “aquilo que os franceses esperavam”

A primeira-ministra francesa denunciou, este sábado, aqueles que querem “reduzir” as acções do Governo “ao 49.3 que, de repente, passou a ser uma arma anti-democrática”. No congresso do partido Horizons, do ex-primeiro-ministro Édouard Philippe, Elisabeth Borne disse ter feito “aquilo que os franceses esperavam do executivo”.

No congresso do partido Horizons, do ex-primeiro-ministro Édouard Philippe, Elisabeth Borne disse ter feito “aquilo que os franceses esperavam do executivo”.
No congresso do partido Horizons, do ex-primeiro-ministro Édouard Philippe, Elisabeth Borne disse ter feito “aquilo que os franceses esperavam do executivo”. AFP - ALAIN JOCARD
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A primeira-ministra Elisabeth Borne continua a defender a acção do seu Governo no que à reforma do serviço nacional de pensões diz respeito, apesar da contestação popular.

Este sábado, 25 de Março, no congresso do Horizons, do ex-primeiro-ministro Édouard Philippe, Elisabeth Borne defendeu ter feito “aquilo que os franceses esperavam do executivo” e garantiu que “nunca abdicará de convencer, de construir compromissos e de agir”. 

Diz a chefe de Governo que está “aqui para encontrar acordos e levar a cabo as transformações necessárias para o país e para os franceses”.

Borne apontou o dedo aos que a querem reduzir “ao 49.3”, um mecanismo constitucional que permite ao Governo a adopção à força de uma lei, sem passar pela votação parlamentar. 

Precisamente, o projecto de lei que visa alterar o sistema nacional de pensões acabou por ser aprovado pelo executivo francês, na segunda-feira, 20 de Março, com recurso ao 49.3. Uma decisão que custou ao elenco governativo uma moção de censura, rejeitada por apenas nove votos e o endurecimento da contestação popular.

A chefe de Governo rejeita o rótulo e diz que fez o esperado pela sociedade: "a construção de compromissos sobre textos úteis para os cidadãos”.

Em reacção às palavras de Elisabeth Borne, o primeiro-secretário do Partido Socialista, Olivier Faure, fala numa “patologia grave” e acrescenta que “os franceses estão disponíveis para prescrever baixa médica e reforma imediata” para a primeira-ministra.

De acordo com as últimas sondagens, 58% dos franceses apoia os bloqueios e as greves para combater a reforma das pensões do Governo Macron.

Entretanto, amanhã, segunda-feira, 27 de Março, Emmanuel Macron deve receber pelas 12h (locais) Elisabeth Borne, além dos principais quadros da maioria que apoia o Governo. Depois, já ao início da tarde, o Presidente francês receberá os líderes parlamentares, os chefes de partidos e alguns membros do Governo.

Está prevista nova jornada nacional de protestos e manifestações para a próxima terça-feira, 28 de Março.

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