Acesso ao principal conteúdo
Visita Emmanuel Macron/China

Emmanuel Macron na China: "Esta visita é extraordinariamente importante"

O Presidente francês está na China para uma visita oficial de três dias que termina a 8 de Abril. Emmanuel Macron, que está acompanhado por vários ministros e pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, vai abordar vários temas com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, nomeadamente, a guerra na Ucrânia ou o reforço das relações económicas bilaterais.

Emmanuel Macron na China.
Emmanuel Macron na China. REUTERS - GONZALO FUENTES
Publicidade

Em entrevista à RFI, João Francisco Pinto, dirigente da Teledifusão de Macau referiu a importância inegável desta visita e começou por abordar o plano de paz chinês para a Ucrânia, defendendo que a China é o único mediador capaz de apelar ao diálogo entre os dois lados.

"Penso que é, neste momento, o único mediador capaz de apelar ao diálogo entre os dois lados. Vemos o mundo ocidental muito unido em torno da Ucrânia e muito crítico em relação à Rússia, não abrindo qualquer oportunidade de diálogo com as autoridades russas e a China é, de facto, o único país, a única potência, que, não criticando abertamente a invasão, também não a apoiando declaradamente, procura aqui um caminho de paz num plano que foi apresentado há algumas semanas", começou por referir.

João Francisco Pinto refere que este plano contempla "um ponto fundamental: o afirmar de que todos os Estados devem respeitar os outros estados soberanos e isso implica, obviamente, o respeito pela integridade territorial de cada um dos Estados".

"Eu penso que esta questão aqui é essencial, no sentido de compreender o que é que a China pretende nesta altura, que é de facto a cessação dos conflitos e o eventual acordo sobre retirada de territórios ocupados pela Rússia na Ucrânia", complementou.

 A visita de Emmanuel Macron acontece numa altura muito importante, em que os encontros bilaterais voltam a ocorrer, após três anos de pandemia. O responsável português em Macau recorda, em entrevista à nossa rádio, como é que os cidadãos chineses viveram este período pandémico.

"Foram três anos muito complexos, muito difíceis em que, de facto, a China se fechou ao mundo, do ponto vista político e geográfico [...] O último ano foi particularmente complexo devido aos confinamentos, que foram impostos em grandes cidades como Xangai, que deixaram uma marca profunda com o encerramento de muitas pequenas e médias empresas", recordou.

Apesar disso, atualmente assiste-se a uma "retoma plena da economia chinesa, uma perspectiva na casa dos 5% este ano", referiu ainda.

O nosso entrevistado falou também sobre as relações China-África, que nos últimos anos, têm vindo a desenvolver-se de forma significativa.

"A China tem também uma posição muito forte em África, onde tem também investido fortemente em projectos de cooperação e desenvolvimento económico e também no desenvolvimento de infraestruturas", rematou.

De salientar que esta é a primeira visita oficial de Ursula von der Leyen à China desde que chegou à presidência da Comissão Europeia, há quatro anos. A última visita de Emmanuel Macron ao país foi em 2019, antes da pandemia.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.