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Líderes mundias reunidos em Paris para reformar sistema financeiro "imoral"

Em Paris, decorre entre hoje e amanhã a Cimeira para o Novo Pacto Financeiro Mundial com vários chefes de Estado, organizações financeiras e sociedade civil a tentarem encontrar novas formas de financiamento sustentável para que os países não tenham de escolher entre a erradicação da pobreza e a protecção do ambiente.

O Presidente Emmanuel Macron abriu hoje o certame internacional.
O Presidente Emmanuel Macron abriu hoje o certame internacional. AP - Ludovic Marin
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Como encontrar soluções para o financiamento dos países mais vulneráveis após a covid-19, durante uma guerra na Europa e face a constantes desastres naturais como incêndios ou cheias que eclodem um pouco por todo o Mundo? Para Emmanuel Macron, a resposta é a reforma do sistema mundial, especialmente onde os Estados não tenham de escolher entre a erradicação da pobreza e a protecção do ambiente.

"Nenhum país deve ter de escolher entre a redução da pobreza e a proteção do planeta", disse hoje o Presidente na abertura deste encontro que decorre entre hoje e amanhã no Palácio Brongniart.

Para isso, o Presidente francês convocou a Paris dezenas de chefes de Estado, entre eles o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, William Ruto, presidente do Quénia, mas também Lula da Silva, Presidente do Brasil e Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, para estimular a economia mundial.

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, também está em Paris e avisou que a actual arquitectura financeira é está disfuncional e injusta, criando diferenças "imorais" entre quem vive no hemisfério Sul e no hemisfério Norte.

"A arquitectura financeira está ultrapassada, disfuncional e injusta. Ela não responde ao Mundo do século XXI", declarou António Guterres.

Uma das maiores esperanças entre as cerca de 100 delegações internacionais presentes neste evento mundial é encontrar uma solução para o sobre-endividamente de muitos países, nomeadamente em África e na América Latina, criando novos mecanismos que vão permitir aos países financiarem-se para apostar, por exemplo, nas energias renováveis ou prevenção de desastres naturais, sem acumularem dívidas onerosas.

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