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França

França: Aumento da pobreza, mulheres e crianças são as principais vítimas

Em França, em  2021, 9,1 milhões de pessoas encontravam-se em situação de pobreza monetária, ou seja, tinham um rendimento mensal inferior ao limiar da pobreza, fixado em 60% do rendimento médio, ou seja, 1.158 euros para uma pessoa solteira. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística e Estudos Económicos (Insee), que acrescenta que as mulheres e as crianças são as principais vítimas da pobreza.

Em França, em  2021, 9,1 milhões de pessoas encontravam-se em situação de pobreza.
Em França, em 2021, 9,1 milhões de pessoas encontravam-se em situação de pobreza. AFP/Jeff Pachoud
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A taxa de pobreza atingiu 14,5% da população em 2021, em França, um aumento de 0,9% em relação ao ano anterior, devido principalmente ao aumento da inflação.

De acordo com o Insee, a taxa de pobreza aumentou porque os rendimentos mais modestos foram prejudicados pela "não renovação das ajudas de solidariedade excepcionais" implementadas pelo Governo durante a crise da Covid-19, em 2020, bem como pelo aumento da inflação.

A pobreza também se intensificou, passando de 18,7% em 2020 para 20,2% em 2021. O indicador mede a diferença entre o nível de vida médio da população pobre e o limiar de pobreza.

Em relação às desigualdades, não há "explosão", segundo Jean-Luc Tavernier, director-geral do Insee, mas alguns índices, em forte alta, estão "nos níveis mais elevados dos últimos 20 anos".       

As mulheres e as crianças são as principais vítimas da pobreza

O Secours Catholique (associação católica) acolheu um milhão de pessoas em 2022 em França, incluindo 25,7% de mães solteiras, 20,9% de mulheres solteiras e 20% de casais com filhos.

A mesma constatação por parte da associação Restos du Cœur, as famílias monoparentais, principalmente mães com filhos, representaram um quarto das pessoas atendidas em 2022, um aumento de 21%.

A associação implementou um programa específico para apoiar as mulheres com filhos com menos de três anos e recebeu 110.000 crianças dessa faixa etária no ano passado, um número que deverá subir quase 15% este ano.

A precariedade feminina aumentou regularmente nas últimas décadas, enquanto a pobreza atingia igualmente homens e mulheres até o início dos anos 2000, segundo o Secours Catholique.

As mulheres representam agora 57,5% das pessoas atendidas pela associação, contra 52,6% em 1999. As mulheres ganhavam, em média, 24% a menos que os homens no sector privado em 2021, para todos os cargos e horas de trabalho, segundo o Insee.

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