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Caso Bettencourt

Sarkozy recebeu dinheiro vivo de bilionária durante campanha, revela juíza

Uma saia-justa para o presidente francês, Nicolas Sarkozy. Faltando oito meses para as eleições presidenciais de 2012 na França, será lançado nesta quinta-feira o livro "Sarko m'a tuer" ("Sarko me matou"), que traz uma acusação grave contra ele.

Capa do livro "Sarko m'a tuer"
Capa do livro "Sarko m'a tuer" www.editions-stock.fr
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Em um dos trechos da obra, publicado em primeira mão nesta quarta-feira nos jornais Libération e L'Express, Isabelle Prévost-Desprez, antiga juíza financeira do Tribunal de Paris, revela que a enfermeira de Liliane Bettencourt, terceira maior fortuna da França e herdeira da L'Oréal, viu Sarkozy recebendo dinheiro vivo na casa da bilionária durante sua campanha presidencial de 2007.

A testemunha tinha sido chamada para depôr, no ano passado, no caso Bettencourt, que envolvia uma briga entre mãe e filha e trouxe à tona um escândalo de doações ilegais para a campanha presidencial do atual chefe de Estado francês, além de denúncias de tráfico de influência envolvendo o então ministro do Orçamento, Eric Woerth. Segundo a juíza, a efermeira não quis fazer a declaração oficialmente no processo por medo de represália e preferiu contar o que viu à assistente da magistrada.

A juíza afirma, no livro, que este processo representava para o governo um grande risco e que, por isso, foi afastada do caso logo depois do testemunho.

Governo nega acusações contra Sarkozy

O Palácio do Eliseu já tratou de classificar as acusações de "infundadas e mentirosas". Jean-François Copé, secretário-geral do UMP, partido do presidente, afirmou que as alegações seriam uma manipulação política para prejudicar Sarkozy às vespéras das eleições de maio do ano que vem.

Uma das principais rivais de Sarkozy, a líder do Partido Socialista Martine Aubry, pediu a abertura de uma investigação. Resta saber se a Justiça vai tomar providências.

O título do livro "Sarko m'a tuer", de Gérard Davet e Fabrice Lhomme, faz alusão a uma frase que ficou famosa em um caso jurídico na França. Antes de morrer, a vítimausou seu sangue para escrever em um muro "Omar m'a tuer". A ortografia correta seria "Omar m'a tué".

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