G8 desbloqueia recursos para países da Primavera Árabe
Reunidos em Marselha, no sul da França, neste sábado, os membros do G8 se comprometeram a desbloquear cerca de 80 bilhões de dólares entre 2011 e 2013 para os países que passaram por uma transição democrática depois dos levantes populares da Primavera Árabe. Além da Tunísia e do Egito, o Marrocos e a Jordânia, também vão se beneficiar dos recursos.
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Os fundos são provenientes do grupo formado pelos integrantes do G8 (Estados Unidos, Japão, Canadá, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália e Rússia), em associação com a Árabia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Catar, Turquia e nove instituições financeiras internacionais. A ajuda global poderá totalizar 80 bilhões de dólares, em vez dos 40 bilhões anunciados durante a reunião na cidade francesa de Deauville, em maio.
O CNT (Conselho Nacional de Transição) da Líbia, também será convidado para se associar ao programa. O FMI, que também prometeu a liberação de 35 bilhões de dólares, reconheceu o Conselho na reunião deste sábado como o representante legítimo do povo líbio, o que possibilita a concessão de empréstimos para reconstruir o país depois de seis meses de violência. Segundo a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, "trata-se de acompanhar um movimento histórico de transformação profunda de uma região do mundo."
O ministro francês das Finanças, François Baroin, também anunciou um aumento dos empréstimos bilaterais, que deverão passar de cerca de 1,5 billhão de dólares para 3 bilhões. No total, o Banco Mundial deverá liberar 10,7 bilhões, o Banco Africano de Desenvolvimento 7,6 bilhões e o Banco Islâmico de Desenvolvimento 5 bilhões.
O Banco europeu para a reconstrução e o desenvolvimento da Europa, criado para ajudar os países da europa do leste e central, depois da queda do muro de Berlim, também deverá confirmar, dentro de um mês, o compromisso de financiar programas do setor privado nos países árabes, que podem ultrapassar mais de 3 bilhões de dólares por ano.
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