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França/EUA

Sarkozy e Obama dão entrevista juntos à televisão francesa

O presidente francês vinha sonhando com esse momento há vários anos. Esta noite, os dois canais de maior audiência da televisão francesa (TF1 e France 2) vão exibir uma entrevista conjunta de Nicolas Sarkozy e do presidente americano, Barack Obama. A oposição francesa denuncia "uma operação de comunicação insuportável".

Sarkozy pretende tirar um ganho eleitoral da entrevista com Obama.
Sarkozy pretende tirar um ganho eleitoral da entrevista com Obama. REUTERS/Kevin Lamarque
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Sarkozy e Obama encontraram finalmente algo em comum: os dois disputam a reeleição no ano que vem. Esta noite, a televisão francesa exibe uma entrevista com os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e dos Estados Unidos, Barack Obama. Durante quinze minutos, os dois respondem a perguntas dos apresentadores Laurence Ferrari, da TF1, e David Pujadas, da France 2. A entrevista é vista com entusiasmo pela imprensa francesa, já que esta é a primeira vez que um presidente norte-americano divide seu tempo de mídia com outro chefe de Estado. Já o ex-candidato à presidência e centrista François Bayrou denunciou uma operação de comunicação anormal num país que afirma ter uma mídia pluralista.

O jornal Le Figaro disse que o programa é um "belo presente" a Sarkozy, que pode se beneficiar da popularidade de Obama às vésperas de um ano eleitoral. Desde que o americano aterrissou na França para participar da reunião do G20 em Cannes, a relação entre os dois tem sido amistosa. Obama chegou até a brincar com o colega, dizendo que torce para que sua filha, Giulia, tenha a cara da mãe, a cantora Carla Bruni.

A tônica da amizade, no entanto, não tem sido tão calorosa. Na última terça-feira, Sarkozy apoiou a entrada da Palestina na Unesco (Organização da ONU para Educaçao, Ciência e Cultura) sem antes consultar os Estados Unidos, principais financiadores da agência. A proposta foi amplamente aprovada – e até aplaudida – em Paris, o que levou os americanos a suspender um aporte de US$ 102 milhões para a Unesco. A taxação sobre operações financeiras internacionais também é um tema que opõe franceses e americanos há longa data.

Apesar dos contratempos, França e Estados Unidos têm razões recentes para manter boas relações. Um exemplo claro é a colaboração – nem sempre endossada com entusiasmo por Sarkozy – na deposição do ex-ditador líbio Muammar Kaddafi.

A entrevista de Obama e Sarkozy será veiculada simultaneamente na TF1 e na France 2.

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