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escândalo/ Silicone

Interpol busca dono de marca de silicone defeituoso

O fundador da PIP (Poly Implant Prothese), empresa francesa que fabricava as próteses defeituosas de silicone que são alvo de um alerta global sobre os riscos de ruptura e câncer, está sendo procurado pela Polícia Internacional (Interpol). O alerta foi dado pela Costa Rica, onde Jean-Claude Mas foi perseguido após ser visto dirigindo embriagado, em 2010.

Fundador da PIP teria sido visto dirigindo embriagado, na Costa Rica.
Fundador da PIP teria sido visto dirigindo embriagado, na Costa Rica. REUTERS/Interpol/Handout
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O homem desapareceu depois que a hoje extinta PIP começou a ser acusada de provocar danos à saúde das mulheres que portavam próteses da marca. Ontem, o Ministério da Saúde da França recomendou a retirada das próteses a 30 mil portadoras, “a título preventivo e sem urgência”, embora o risco de formação de câncer nas usuárias ainda não esteja comprovado. Nove francesas que usavam o produto desenvolveram câncer, e duas delas morreram, a última em novembro.

O alerta vermelho emitido pela (Interpol) para Jean-Claude Mas, na sexta-feira, não têm relação com as denúncias que envolvem a companhia fundada por ele, acusada de comercializar implantes de silicone com material industrial de baixo custo, impróprio para a saúde e com ruptura mais fácil do que o habitual. O francês de 72 anos é procurado por delitos "contra a vida e a saúde" na Costa Rica. Uma foto divulgada mostra o homem careca, usando barba e óculos.

Até 90% das vendas de PIP foram feitas no exterior, a maior parte para a América Latina e para a Europa ocidental. No Brasil, a Anvisa estima que 25 mil mulheres utilizam próteses da marca.

O advogado da empresa disse à Reuters, na sexta-feira, que nem Mas nem o chefe financeiro da empresa, Claude Couty, haviam viajado para a América do Sul. "Eles estão e continuarão na região de Var (na França)", disse Yves Haddad, acrescentando que seu cliente não iria comentar publicamente o caso.

Neste sábado, a administração do sistema nacional de seguro-saúde da França anunciou que vai processar penalmente a PIP, “por fraude grave”. A decisão foi tomada com o acordo do ministro da Saúde, Xavier Bertrand.
 

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