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França/Saúde

França anuncia reforço no controle de próteses após escândalo da PIP

O ministério francês da Saúde anunciou nesta quarta-feira que vai reforçar o controle e fiscalização das próteses e outros materiais de uso médico na França. A decisão atende a um pedido da Autoridade Francesa de Controle Sanitário que nesta quarta-feira entregou ao governo o primeiro relatório feito após o escândalo das próteses mamárias fraudulentas da marca PIP.  

A argentina Claudia Rolon mostra prótese danificada da marca PIP que ela retirou de seu corpo no último dia 27 de janeiro, nos arredores de Buenos Aires.
A argentina Claudia Rolon mostra prótese danificada da marca PIP que ela retirou de seu corpo no último dia 27 de janeiro, nos arredores de Buenos Aires. REUTERS/Marcos Brindicci
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No documento encaminhado ao ministério da Saúde, a Direção Geral de Saúde e a Agência dos produtos de saúde (Afssaps, na sigla, em francês) destacaram a necessidade de um maior controle desses produtos, antes e depois da entrada deles no mercado, em dois níveis, tanto na França quanto na Europa.

O ministro da Saúde, Xavier Bertrand, anunciou que irá aumentar  o número de inspetores no país para efetuar mais fiscalizações e visitas-surpresa nos locais de produção e também de comercialização, como farmácias. Ele prometeu seguir as recomendações do relatório e encomendou para o início de março uma lista de produtos e equipamentos que possam representar um risco urgente. O ministro também pediu propostas para uma grande reforma do sistema de vigilância sanitária no país. 

Xavier Bertrand prometeu para meados de março um relatório detalhado sobre os locais e as condições de uso de próteses mamárias de silicone comercializadas na França.

Em nível europeu, as autoridades sanitárias afirmam que a França irá defender sua decisão de reforçar a segurança sanitária dos produtos como próteses e implantes no âmbito da revisão da diretiva europeia para o setor.

Esse é o primeiro relatório a ser divulgado desde o escândalo provocado pela comercialização de milhares de próteses da marca francesa PIP (Poly Implant Prothèse) preenchidas com um gel de silicone industrial não homologado pelas autoridades de saúde.

Segundo Xavier Bertrand, o relatório deixa claro "a grande extensão da fraude" provocada pela empresa PIP.  

Na França, onde 2.500 queixas foram encaminhadas à justiça, o governo recomendou às 30 mil mulheres que recorreram à prótese PIP que retirem os implantes. O fundador da empresa, Jean-Claude Mas, principal responsável por um escândalo de escala mundial, foi indiciado por provocar ferimentos sem intenção de matar.

 

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