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França/Eleições 2012

Sarkozy reafirma que vai abandonar a política se não for reeleito

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, assegurou hoje que vai encerrar a carreira política se não for reeleito nas eleições de abril e maio próximos. Foi a primeira vez que o líder admitiu essa hipótese publicamente. Em uma entrevista a um grupo de rádio e televisão, na manhã desta quinta-feira, Sarkozy respondeu apenas "sim" à pergunta sobre o fim das ambições políticas em caso de fracasso.  

Reprodução / TV
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Embora siga em segundo lugar na corrida presidencial atrás do socialista François Hollande, vencedor no segundo turno de acordo com todas as sondagens publicadas até agora, Sarkozy disse que ainda "não se coloca na perspectiva" de perder a eleição. Ele explicou, no entanto, que se perder a votação, "vai fazer outra coisa" de sua vida. O presidente conservador continua em baixa nas pesquisas eleitorais, que lhe atribuem entre 25 e 27% dos votos, contra até 31% para Hollande no primeiro turno.

Na entrevista à RMC/BFMTV, o presidente candidato à reeleição pelo partido UMP propôs uma redução de 10 a 15% no número de parlamentares franceses, no Senado e na Assembleia Nacional. Atualmente, a França tem 577 deputados e 348 senadores. Sarkozy lembrou que em seu mandato o número de eleitos locais diminuiu de 40%, uma iniciativa que reduziu os gastos públicos.

Se for eleito, Sarkozy disse que a carta da seguridade social vai se tornar biométrica, para evitar fraudes no sistema de proteção social francês. Segundo o Ministério do Trabalho e da Saúde, as fraudes deram um prejuízo de 458 milhões de euros à seguridade social em 2010, um valor que ainda estaria subestimado.

Imigração

Na entrevista, Sarkozy também falou sobre temas polêmicos de sua campanha, como a imigração e os costumes religiosos de muçulmanos e judeus franceses. Sarkozy declarou que existe um risco de que as tradições religiosas criem divisões indesejáveis na população, com os muçulmanos, principalmente, querendo impor seus costumes ao conjunto da sociedade, "o que sou contra", declarou Sarkozy.

Com relação ao direito de voto dos estrangeiros, o presidente comentou: "Nós temos problemas de guetos no país. Vocês acham que com as tensões que existem atualmente na França, a crise econômica, seria pertinente facilitar o debate municipal e dar aos estrangeiros o direito de votar? Vocês acham que isso iria acalmar a nação?", questionou.


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