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Marselha/Fórum da água

Brasil é destaque no Fórum Mundial da Água em Marselha

Com a proximidade da Conferência Rio+20, em junho, o Brasil enviou uma delegação de peso à 6ª edição do Fórum Mundial da Água, o mais importante evento do gênero, iniciado nesta segunda-feira em Marselha, no sul da França. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, é acompanhada por cerca de 250 brasileiros.

O primeiro-ministro francês, François Fillon, que acumula a função de ministro do Meio Ambiente, defendeu a criação de uma Organização Mundial do Meio Ambiente.
O primeiro-ministro francês, François Fillon, que acumula a função de ministro do Meio Ambiente, defendeu a criação de uma Organização Mundial do Meio Ambiente. REUTERS/Jean-Paul Pelissier
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Os participantes da cerimônia de abertura lançaram um apelo, nesta manhã, baseados no último relatório da ONU, que mostra que 800 milhões de pessoas (10% da população mundial) ainda não têm acesso à água potável. Além disso, 3,6 milhões de indivíduos morrem todo ano vítimas de doenças ligadas à água insalubre.

Em seu discurso no auditório principal, o engenheiro brasileiro Benedito Braga, presidente do fórum, agradeceu a presença dos organizadores da Rio+20 e disse que a questão da água é prioritária nos debates sobre o meio ambiente.

"O valor deste fórum está na multiplicidade de vozes presentes, com participantes de 140 países. Contamos com vocês para criar este diálogo, pois água significa vida e merece novas ideias e ações concretas", afirmou Braga.

França pede a criação da Organização Mundial do Meio Ambiente

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, cancelou sua participação no fórum e enviou seu primeiro-ministro, François Fillon, que acumula a função de ministro do Meio Ambiente. Ele defendeu a criação de um organismo que tenha representatividade internacional e concentre as decisões ambientais.

"Não é possível que exista uma Organização Mundial do Comércio e que até hoje não tenha sido criada a Organização Mundial do Meio Ambiente", disse.

Fillon considerou inaceitável que 10% da população mundial continue sem acesso à água potável.

"Felizmente a conscientização aumentou e os investimentos também. O nosso objetivo é que o número de pessoas sem acesso à água potável diminua pela metade até 2015 e que o acesso seja universalizado até 2030. O governo francês dedica 600 milhões de euros por ano em projetos neste sentido, em território nacional e em outros países", anunciou o ministro francês do Meio Ambiente.

Maior número de vítimas está na África

O presidente do Conselho Mundial da Água, Loïc Fauchon, lembrou que a maioria das vítimas de doenças ligadas à água insalubre são pobres. Segundo a ONU e a Unesco, o maior problema se concentra na África Subsaariana, onde 40% da população não têm acesso à água potável. O relatório das Nações Unidas destaca ainda que o crescimento da população mundial, que deve chegar a 9 bilhões de pessoas em 2050, e o aquecimento global, que agrava os problemas de inundações e secas, irão ameaçar as fontes hídricas se nada for feito para melhorar a gestão da água.

O Fórum Mundial da Água é realizado até o próximo sábado, no centro de conferências do Parque Chanot, em Marselha. Cerca de 20 mil visitantes são esperados. A programação é bastante intensa, com 300 sessões de debates temáticos previstas com representantes de governos, empresas, ONGs, além da ONU, Unesco e Banco Mundial.

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