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França/Caso Carlton

Strauss-Kahn pode pegar até 20 anos de prisão

Os advogados de Dominique Strauss-Kahn anunciaram nesta terça-feira que vão recorrer da decisão da Justiça, que ontem indiciou o ex-diretor do FMI para investigar a participação dele em uma rede de prostituição de luxo na França.

O ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn.
O ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn. REUTERS/Gonzalo Fuentes/Files
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Depois de ter ficado dois dias detido em Lille, no norte da França, há um mês, Dominique Strauss-Kahn havia sido convocado para prestar depoimento na quarta-feira, mas a antecipação em dois dias foi interpretada como uma tentativa de evitar o assédio da imprensa. Ele foi interrogado nesta segunda-feira durante 14 horas e está agora sob controle judiciário.

Strauss-Kahn foi indiciado por uma suposta participação na rede de prostituição que ficou conhecida como caso Carlton, nome do hotel em Lille onde funcionava o esquema. As acusações são de "participação em atos de proxenetismo agravados com formação de quadrilha" e "ocultamento de abuso de bens sociais", penas que podem chegar a 20 de prisão se condenado. Ele pagou uma fiança de 100 mil euros, o equivalente a 230 mil reais, e foi liberado. O ex-chefão do FMI não deve falar com os outros oito indiciados no processo e também está proibido de dar entrevistas à imprensa sobre o assunto.

A Justiça deve esclarecer se Strauss-Khan sabia ou não que as mulheres que participaram de festas organizadas para ele em Paris e Washington eram prostitutas. Segundo seus advogados, ele nega as acusações e diz que não sabia de nada. A defesa considera "estranho" que Strauss-Khan, ex-ministro socialista, seja convocado pela Justiça a menos de um mês das eleições presidenciais na França.

Candidato do PS evita comentários

O candidato do Partido Socialista no pleito presidencial, François Hollande, não quis comentar o indiciamento de Strauss-Kahn e disse que se trata de um assunto "privado". O diretor de campanha do PS, Pierre Moscovici, afirmou que se sente triste com o caso e se solidariza com o amigo de Strauss-Kahn. A secretária-geral do PS, Martine Aubry, disse que esta página está virada. "Deixemos agora a Justiça fazer seu trabalho", acrescentou.

Nova York

Nesta quarta-feira, tem início em Nova York a primeira audiência do processo civil envolvendo Strauss-Khan, acusado de agressão sexual pela camareira do Hotel Sofitel Nafissatou Diallo.

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