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França

Sarkozy quer processar site por publicar 'documento falso' sobre Kadafi

A seis dias do segundo turno, os golpes baixos se multiplicam entre os aliados do candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy, e do opositor socialista François Hollande. Sarkozy declarou que vai prestar queixa na justiça por um documento publicado sábado pelo site de informação Mediapart, levantando a suspeita de que o ex-ditador líbio Muammar Kadafi teria se comprometido a doar 50 milhões de euros à campanha de Sarkozy de 2007. Hollande quer que a justiça investigue se o dinheito chegou aos cofres da UMP, o partido de Sarkozy.

François Hollande e Nicolas Sarkozy em campanha durante o fim de semana.
François Hollande e Nicolas Sarkozy em campanha durante o fim de semana. Reuters/Montage RFI
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O documento é uma falsificação grosseira, afirma Nicolas Sarkozy, apoiado no desmentido dos dois ex-colaboradores de Kadafi citados no texto, o ex-chefe dos serviços de informação da Líbia, Mussa Kussa, e o ex-presidente do Fundo Líbio de Investimentos Africanos, Bachir Saleh. Os dois homens declararam que o documento é falso.

Sarkozy acusa o Mediapart de ter criado uma armação, na véspera do segundo turno, porque "o site é controlado por amigos ricos de François Hollande". O opositor socialista, favorito nas pesquisas, defendeu uma investigação judicial para esclarecer o caso. A campanha francesa entrou numa fase de guerra suja, sem piedade dos dois lados.

Outro escândalo do fim de semana envolveu o ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn. Voltaram a sair na imprensa europeia insinuações de que Strauss-Kahn teria sido vítima de partidários de Sarkozy, no escândalo sexual com a camareira de um hotel em Nova York. Temendo represálias, Hollande logo declarou que Strauss-Kahn não tinha mais lugar na vida política francesa.

Sábado à noite, no entanto, o ex-diretor do FMI foi a uma festa onde estavam o diretor de campanha e o diretor de comunicação do candidato socialista, causando constrangimento aos antigos colegas de partido. Os assessores de Hollande deixaram a festa às pressas. Strauss-Kahn, dado como favorito para bater Sarkozy antes da onda de escândalos sexuais, no ano passado, virou um pária na atual campanha presidencial.

Uma nova pesquisa divulgada hoje pelo instituto Ipsos indica que François Hollande perdeu um ponto percentual, em comparação com a sondagem realizada na noite do primeiro turno, mas ainda lidera, com 53% das intenções de voto. Já Nicolas Sarkozy ganhou um ponto e está agora com 47%. O segundo turno acontece no domingo, 6 de maio.
 

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