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França/eleições

Nicolas Sarkozy admite derrota, liga para Hollande e deseja "boa sorte"

O presidente Nicolas Sarkozy, derrotado nas eleições presidenciais francesas, fez um breve discurso na noite deste domingo na Maison de la Mutualité, em Paris. Decepcionado, ele pediu aos seus militantes que respeitassem a decisão dos franceses. Sarkozy telefonou para o candidato vitorioso, François Hollande, e desejou boa sorte ao novo presidente.

O presidente-candidato derrotado, Nicolas Sarkozy, durante discurso em Paris quando reconheceu a vitória de seu adversário.
O presidente-candidato derrotado, Nicolas Sarkozy, durante discurso em Paris quando reconheceu a vitória de seu adversário. REUTERS/Philippe Wojazer
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Durante o discurso, Sarkozy deixou aberta a possibilidade de deixar a vida política, o que ele disse que faria em caso de derrota, durante a campanha. "Não consegui convencer a maioria dos franceses", disse o presidente.  "Assumo totalmente a responsabilidade dessa derrota", declarou, diante de uma multidão de militantes. "Meu compromisso com o país agora será diferente. Eu me preparo para me tornar um francês como qualquer outro", concluiu.

Como manda a tradição, Sarkozy telefonou para o candidato eleito do Partido Socialista, para desejar "boa sorte nos desafios que terá pela frente." O presidente derrotado, o segundo a não obter a reeleição, também pediu aos militantes que respeitassem 'o veredito das urnas', que foi, segundo ele, uma escolha democrática. "Dediquei toda minha energia nesses últimos cinco anos, e deixo o poder com admiração pela França."

Antes do discurso, o presidente Nicolas Sarkozy recebeu seus partidários no palácio do Eliseu e pediu que, apesar da derrota, o partido ficasse "unido." Segundo um correligionário que participou da reunião, Sarkozy insistiu que era preciso que o partido continuasse mobilizado para vencer as legislativas, que acontecem em junho, "dizendo que ainda era possível vencê-las." Ele também deixou claro que não estaria à frente dessa campanha.

Nicolas Sarkozy termina o mandato como um dos presidentes menos populares de todos os tempos. Durante seus cinco anos de mandato, seu estilo pessoal, tornando pública sua vida privada, suscitou diversas críticas e o levou a ficar conhecido como "o presidente dos privilegiados." Citado em diversos casos de corrupção, envolvendo principalmente o financiamento ilegal de sua campanha em 2007, ele também será lembrado como o chefe de estado que recebeu no palácio do Eliseu o ex ditador líbio Muammar Kadhafi e o presidente sírio Bachar al Assad.

 

 

 

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