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França/ Síria

Hollande responde a críticas de Sarkozy sobre a atuação francesa na Síria

O presidente francês, François Hollande, respondeu hoje às criticas feitas por seu predecessor, Nicolas Sarkozy, sobre a postura da França em relação ao conflito na Síria. O socialista aproveitou ter interrompido as férias para homenagear um soldado francês morto no Afeganistão para dizer que a França realiza “uma busca obstinada” por uma transição política no país árabe.

Presidente francês interrompeu as férias para homenagear, neste sábado, soldado morto no Afeganistão
Presidente francês interrompeu as férias para homenagear, neste sábado, soldado morto no Afeganistão REUTERS/Robert Pratta
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Esta foi a primeira vez que Hollande falou sobre o assunto desde que Sarkozy reclamou da “espera” supostamente longa demais da França para tomar atitudes em relação ao conflito na Síria. Sarkozy pediu uma “ação rápida” e disse que identifica semelhanças entre a situação na Síria e na Líbia, nas vésperas de ocorrer a intervenção militar que resultou na queda do ditador Muammar Kadafi, no ano passado, em uma ação em que ele próprio desempenhou um papel protagonista.

“Nesta semana, a França enviou uma equipe médica no norte da Jordânia, na fronteira com a Síria, para ajudar os refugiados e aos combatentes que enfrentam a repressão de um regime ainda reage somente pelo medo do seu próprio fim”, declarou Hollande. “É um dever humanitário que nós perseguimos e que se junta ao apoio à oposição síria e à busca obstinada de uma transição política na Síria”, afirmou, durante uma homenagem realizada em Varces a um soldado francês morto no Afeganistão.

A França, que exerce a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, convocou uma reunião ministerial para o dia 30 de agosto para debater a situação humanitária na Síria com os demais países-membros do órgão. O presidente sublinhou que os soldados franceses só agem sob o mandato da ONU, uma condição que ainda não se satisfez na Síria devido aos vetos russo e chinês, enquanto que a intervenção na Líbia havia contado com a aprovação dos membros do Conselho de Segurança.

Também o ex-primeiro-ministro Dominique de Villepin, inimigo declarado de Sarkozy, veio a público dar implicitamente razão a Hollande ao defender uma solução diplomática para este assunto. Em um artigo publicado hoje no jornal Le Figaro, o ex-premiê diz que a solução militar na Síria seria “perigosa demais” e “abriria caminho para todas as cruzadas”. Vilpepin defendeu, entretanto, o envio de ajuda humanitária ao país em conflito, onde cerca de 20 mil pessoas já morreram desde março de 2011.

 

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