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França/Ucrânia

Rússia e EUA discutem em Paris a crise na Ucrânia

As tropas russas enviadas ao sul da Ucrânia tomaram hoje parcialmente o controle de uma segunda base militar de lançamento de mísseis na Crimeia. Apesar de o presidente russo Vladimir Putin ter negado ontem a presença de soldados russos na região, a intervenção militar russa é incontestável. Os chefes da diplomacia dos Estados Unidos e da Rússia se encontram nesta quarta-feira (5), em Paris, pela primeira vez desde o início dessa intervenção militar russa na península do sul da Ucrânia.

Antes do encontro com Lavrov, John Kerry recebeu nesta quarta-feira, na embaixada dos EUA em Paris, os chanceleres britânico e ucraniano.
Antes do encontro com Lavrov, John Kerry recebeu nesta quarta-feira, na embaixada dos EUA em Paris, os chanceleres britânico e ucraniano. Reuters
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O futuro da Ucrânia continua incerto, aguardando o resultado da disputa lançada pela Rússia contra os países ocidentais. Os Estados Unidos denunciam "as mentiras" de Moscou, acusando a Rússia de buscar um pretexto para invadir a Ucrânia.

Vladimir Putin negou ontem ter enviado tropas russas à Crimeia, península de maioria russa no sul da Ucrânia, e declarou ilegítimo o governo interino do país. Por outro lado, a polícia ucraniana começou a desocupar a sede do governo regional que havia sido invadida por manifestantes pró-russos em Donetsk, no sudeste do país.

Reunião de chefes da diplomacia em Paris

Pela primeira vez desde o início da movimentação militar russa na Crimeia, os chefes da diplomacia de Rússia e Estados Unidos, Serguei Lavrov e John Kerry, se encontram hoje em Paris. Também participam da reunião o chanceler francês Laurent Fabius, William Hague, ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, e o novo chanceler ucraniano, Andrii Deshchytsia.

Este encontro em Paris estava agendado há tempos para discutir a situação do Líbano, mas a urgência da crise ucraniana se impôs na agenda. O presidente francês, François Hollande, disse antes da reunião que a Rússia assumiu o risco de uma escalada perigosa.

Para Hollande, a França e a Europa devem exercer toda a pressão necessária, incluindo o recurso eventual a sanções, para impor o diálogo e buscar uma solução política à crise, com base em princípios simples: a garantia da integridade territorial e da soberania da Ucrânia, o respeito da diversidade da população ucraniana e a organização de eleições livres sob controle internacional.

O presidente francês pede que a Rússia compreenda que está diante de uma escolha muito importante para o futuro de suas relações com a Europa. “A única opção sensata é a negociação”, reiterou.

Reunião extraordinária da OTAN

Os embaixadores da OTAN também se reúnem hoje em Bruxelas, desta vez com o representante russo, para discutir a crise ucraniana. E em mais uma visita a Kiev, a chefe da diplomacia europeia Catherine Ashton, apresenta às novas autoridades o plano de ajuda econômica elaborado pela Comissão Europeia. Os europeus vão ajudar a Ucrânia a saldar sua dívida de US$ 2 bilhões com a Rússia e garantir meios de assegurar o abastecimento de gás ao país, que deve ficar prejudicado com a redução dos subsídios russos.
 

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