França comemora 70° aniversário do desembarque na Provence

A França celebra nesta sexta-feira (15) o 70° aniversário do desembarque das tropas aliadas na região da Provence, durante a Segunda Guerra Mundial. No dia 15 de agosto de 1944, combatentes franceses e das antigas colônias africanas desembarcaram no sudeste da França para lutar contra a ocupação nazista.

Presidente francês, François Hollande, inagura placa do 70° aniversário do desembarque das tropas aliadas na Provence, no memorial de Toulon, nesta sexta-feira (15). REUTERS/Michel Euler

As comemorações começaram esta manhã, com uma homenagem aos soldados aliados, às forças francesas, aos soldados dos exércitos africanos e aos resistentes civis, no memorial do Mont Faron, em Toulon, no sudeste da França.

O presidente francês, François Hollande, lembrou que o desembarque foi um momento decisivo para a libertação da França do regime nazista. Em seu discurso, o chefe de Estado homenageou os militares que participaram da ação, evocando “célebres heróis, embora anônimos, que contribuíram para a ressurreição da França”.

À tarde, Hollande receberá 15 chefes de Estado e Governo, a maioria da África, de países que participaram do desembarque de 15 de agosto de 1944 com um grande número de soldados. Entre os convidados, estão o presidente da Tunísia, Moncef Marzouki, de Camarões, Paul Biya, de Burkina Faso, Blaise Comparoé, do Gabão, Ali Bongo, de um total de 12 chefes de Estado africanos. Representantes de outros 15 países também participarão das celebrações, como o príncipe Albert de Mônaco.

O ponto alto da comemoração será um desfile naval, com a participação de embarcações estrangeiras, seguido de um desfile aéreo. À noite, os convidados participam de um jantar de gala com Hollande e o primeiro-ministro Manuel Valls no porta-aviões Charles de Gaulle.

450 mil homens

Cerca de 450 mil homens, entre eles 250 mil franceses, participaram do desembarque na região da Provence no dia 15 de agosto de 1944, a bordo de 850 embarcações. A metade deles era proveniente de Senegal, da Argélia e do Marrocos. “Por este sacrifício, esses homens criaram entre nosso país e a África uma relação de sangue que nada pode desfazer”, declarou François Hollande nesta manhã.