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África/França/Refém

Francesa raptada na República Centro-Africana é libertada

Claudia Priest, que estava na República Centro-Africana participando de uma missão humanitária, foi libertada nesta sexta-feira (23). Ela havia sido raptada por milícias locais, que exigiam que um chefe rebelde fosse solto em troca da refém. Ainda não há informações sobre as negociações que culminaram na libertação da francesa.

Bangui, a capital da República Centro-Africana, vive sob patrulhas constantes desde o início dos conflitos em 2013.
Bangui, a capital da República Centro-Africana, vive sob patrulhas constantes desde o início dos conflitos em 2013. AFP PHOTO / PACOME PABANDJI
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A libertação foi confirmada pelo ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius. “Nossa compatriota Claudia Priest, que havia sido raptada no início da semana na República Centro-Africana, está finalmente livre. É um imenso alívio para todos os que trabalharam para esse final feliz”, celebrou o chefe da diplomacia por meio de um comunicado. O chanceler agradeceu o governo local e as autoridades religiosas do país, que contribuíram para a libertação.

A voluntária de 67 anos efetuava uma missão humanitária financiada por uma associação que leva ajuda educacional e médica aos vilarejos da República Centro-Africana. A educadora foi capturada na segunda-feira (19) na capital Bangui, junto com um religioso centro-africano, por milicianos do Seleka, que contestavam a prisão de um de seus chefes pelos capacetes-azuis (Minusca). Os rebeldes pediam que Rodrigue Ngaïbona, conhecido como “general Andjilo”, fosse solto em troca da libertação de Claudia.

Ainda não há detalhes sobre as condições da negociação, mas o arcebispo Bangui, Dieudonné Nzapalainga, garante que o chefe rebelde não foi libertado. Em entrevista ao canal de televisão francês BFM, Fabius também disse que os rebeldes “não obtiveram” o que exigiam. Não há informações sobre o segundo refém.

Entenda o conflito na República Centro-Africana

Desde a tomada de poder em março de 2013 pelos rebeldes Seleka, de maioria muçulmana, os ataques contra cristãos se multiplicam. Para se defender, os cristãos formaram milícias (Balaka) que atacam civis muçulmanos.

A França chegou a ter 2 mil soldados atuando no país para tentar impedir o massacre da população. Mas Paris decidiu retirar progressivamente suas tropas, que são substituídas pelos homens da Minusca.

Em maio de 2014, a repórter fotográfica francesa Camille Lepage, 26 anos, foi encontrada morta na região de Bouar, no oeste do país, vitima de uma suposta emboscada de um grupo armado enquanto trabalhava.

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