Nova jornada de protestos contra reforma laboral em França
Em França, a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) realiza hoje a terceira jornada de protestos contra a reforma do código do trabalho. Nuno Martins, representante da CGT-RATP e técnico de manutenção nos transportes públicos, explicou à RFI porque é que participa na nova greve.
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“Há uma só solução para modificar essa lei, é a malta na rua”, disse à RFI Nuno Martins, sindicalista na CGT-RATP.
Nuno Martins, CGT-RATP
Hoje, a CGT organiza a terceira jornada de protestos contra a reforma laboral, apesar de os textos sobre a revisão do código laboral já terem sido promulgados pelo presidente da República, Emmanuel Macron.
A 12 e 21 de Setembro, as jornadas de manifestação reuniram 223.000 e 132.000 pessoas nas ruas, de acordo com o ministério francês do Interior.
A CGT vai para as ruas sem o apoio da CFDT nem da FO, contando apenas cpm o apoio do sindicato Solidaires, FSU e Unef.
As vozes de protesto contra a reforma alegam que esta vai facilitar os despedimentos, permitir alargar o horário de trabalho e privilegiar os acordos de empresa sobre os acordos colectivos.
O governo defende o projecto como uma arma contra o desemprego e uma forma de dar mais flexibilidade às empresas.
Entre as medidas previstas - e que mais estão a provocar protestos - estão o plafonamento das indemnizações por despedimento e a possibilidade de, nas empresas onde não haja delegados sindicais, se negociar com um delegado dos trabalhadores não mandatado por um sindicato.
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