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França

Sindicatos querem ampliar greves em França

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou no seu discurso de fim de ano que nada vai impedir a entrada em vigor da reforma das pensões. Os Sindicatos não só discordam destas declarações, como pretendem continuar a batalhar pela anulação da reforma.

Philippe Martinez, secretário-geral da CGT, apelou ao bloqueio das refinarias.
Philippe Martinez, secretário-geral da CGT, apelou ao bloqueio das refinarias. REUTERS / Eric Gaillard
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A greve em França, que nesta quarta completou 28 dias e continua a ter uma forte adesão dos funcionários dos transportes públicos. Os protestos visam a retirada da lei sobre a reforma das pensões.

Após o discurso de Emmanuel Macron, vários sindicatos já reagiram. Para Philippe Martinez, secretário-geral da CGT, a greve deve intensificar-se e apelou ao bloqueio das refinarias, o que provocaria a paralisação total do país. O sindicalista em declarações aos meios de comunicação franceses afirmou que a vontade é de pressionar o Governo e não de impedir os franceses de irem trabalhar.

Quando há uma greve na educação nacional, as crianças não vão à escola. Fazemos um apelo a todos os Franceses para se mobilizarem, para manifestarem, e a fazer greve. A minha mensagem é clara! Porque perante um Presidente da República que se auto-satisfaz, e que considera que tudo está bem neste país, o sinal de alarme tem de soar mais forte, porque ele ainda não percebeu que havia um ‘pequeno’ problema neste país”, afirmou Philippe Martinez.

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Philippe Martinez, secretário-geral da CGT

Do lado dos políticos, Marine Le Pen, principal opositora do Presidente, e líder do partido RN, de extrema direita, realçou que mais uma vez o discurso não “trouxe nada”.

Para o líder do partido da França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, foi uma “declaração de guerra contra os milhões de franceses que não querem essa reforma”.

Tanto os políticos da oposição como os sindicatos, denunciam um discurso que não trouxe nenhumas “respostas concretas às preocupações dos franceses”.

O bloqueio das instalações petrolíferas, refinarias, terminais e depósitos, deverá acontecer entre os dias 7 e 10 de janeiro.

As reuniões de negociações entre os sindicatos e o primeiro-ministro Edouard Philippe retomam a 7 de janeiro. Dois dias antes de uma nova mobilização nacional.

Ouça aqui a Crónica de Marco Martins.

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Crónica de Marco Martins

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