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Europa/Economia

Hollande, Holanda e crise causam turbulências na zona do euro

As incertezas políticas geradas pela vitória do candidato socialista François Hollande no primeiro turno das eleições presidenciais francesas, à frente do presidente Nicolas Sarkozy; a crise na Holanda, que culminou com a demissão do primeiro-ministro Mark Rutte, além do agravamento da economia global. Estes são os fatores que, reunidos, provocaram forte nervosismo na zona do euro neste começo de semana.  

Reuters
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O nervosismo já apareceu na abertura dos mercados na segunda-feira, mas foi no fim do dia que a baixa se acentuou. Todas as Bolsas de Valores europeias encerraram o pregão em forte baixa. Paris perdeu 2,83%, Londres, 1,85%, Frankfurt teve perda de 3,36% e Milão fechou com menos 3,83%.

O índice FTS-Eurofirst 300, relativo às principais ações europeias, encerrou com perda de 2,32%. O índice de ações dos bancos da zona do euro, que concentram a maior fatia da dívida da região, caiu quase 4%, o nível mais baixo desde o fim de novembro do ano passado.

Hollande...

As razões do nervosismo financeiro começam pela França e a vitória do candidato socialista François Hollande no primeiro turno das eleições presidenciais (28,59%), à frente do presidente-candidato Nicolas Sarkozy (27,09%). Para os analistas, os mercados indagam como a política francesa vai continuar a agir contra a crise da dívida do zona do euro. O contexto leva ao sentimento de que é arriscado investir em ações, o que pode provocar a fuga mais alta dos mercados, neste ano. O temor da perda do apoio francês às medidas de austeridade decididas para combater a crise da dívida, garantido pelo atual presidente, também é responsável pela instabilidade das Bolsas.

Uma  vitória final de François Hollande, que durante sua campanha denunciou a ausência de medidas favoráveis a um real crescimento da economia, poderia arrancar da chanceler alemã Angela Merkel o apoio de Sarkozy, seu principal parceiro na administração da crise dos últimos anos, na zona do euro.

...e Holanda

Outra crise europeia que enervou as Bolsas envolve a Holanda, parceira da Alemanha na defesa de medidas de austeridade, cujo primeiro-ministro de centro-direita, Mark Rutte, pediu demissão nesta segunda-feira à Rainha Beatrix. Rutte não conseguiu concluir com o partido PVV de extrema-direita, de Geert Wilders, as negociações para reduzir o déficit público de 4,7% do PIB, que ameaça o precioso triplo A do país.

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