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Imprensa francesa

Jornais dissecam estratégias de Hollande e Sarkozy para segundo turno

A estratégia dos dois finalistas à eleição presidencial francesa para atrair os 18% de eleitores que votaram na extrema-direita é dissecada hoje pelos principais jornais do país.

Imprensa francesa desta terça-feira avalia estratégias para conquistar eleitores no segundo turno.
Imprensa francesa desta terça-feira avalia estratégias para conquistar eleitores no segundo turno. Reuters
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O diário católico La Croix exibe em primeira página o mapa eleitoral da França, após o primeiro turno. A direita, representada pela cor azul e o presidente Nicolas Sarkozy, é claramente minoritária em escala geográfica nacional, enquanto a esquerda, cor de rosa, do socialista François Hollande, domina a paisagem. A extrema-direita só é majoritária num único departamento na região sul do país, um reduto tradicionalmente populista.

Em editorial, o La Croix assinala que metade dos eleitores franceses não tem candidato para o segundo turno: 20% optaram pela abstenção e 30% deram voto de protesto. Analisando em profundidade o eleitor que votou na extrema-direita, o sociólogo Sylvain Crépon diz que o partido populista Frente Nacional recruta seus eleitores entre a população mais pobre e com medo do futuro. "São eleitores pouco diplomados, pouco politizados e excluídos economicamente."

O conservador Le Figaro continua acreditando numa virada de Nicolas Sarkozy. O jornal tenta diabolizar a imagem de Marine Le Pen, denunciando sua intenção de implodir a direita moderada para se impor como nova força conservadora no país. "Mas seus 6,4 milhões de eleitores têm livre escolha", espera o Le Figaro.

O jornal de esquerda Libération traz entrevista com o favorito François Hollande. Também de olho nos eleitores da Frente Nacional, Hollande diz que cabe a ele seduzir esta parcela do eleitorado, que demonstrou revolta com a situação social. "Essas pessoas não aderem obrigatoriamente às ideias da Frente Nacional, são pequenos comerciantes e empregados mal remunerados que sofrem pela sua condição social", afirma o candidato. Hollande não pretende mudar de estratégia, "fazer promessas que não poderei cumprir". Com um discurso agregador, o socialista afirma que vai lutar para "unir sem trair".
 

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