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Imprensa francesa

Sarkozy e Hollande fizeram o debate mais longo e violento entre candidatos à presidência, afirma imprensa

O debate tenso, recheado de troca de acusações entre o presidente Nicolas Sarkozy e o socialista François Sarkozy diante de milhões de telespectadores, domina as manchetes da imprensa francesa desta quinta-feira. Os jornais trazem análises e resumem os principais pontos evocados em quase de 3 horas de um confronto verbal marcado pelas diferenças de estilos e de programas apresentados pelos dois candidatos.

Candidatos à presidência francesa se enfrentaram em debate na noite desta quarta-feira.
Candidatos à presidência francesa se enfrentaram em debate na noite desta quarta-feira. REUTERS/France 2 Television/Handout
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Alta tensão. Com esse título o conservador Le Figaro resumiu o ambiente entre os dois candidatos que disputam domingo a presidência francesa.

Em editorial, Le Figaro afirma que os eleitores franceses estão diante de dois estilos: o moderno, representado pelo presidente Sarkozy e o antigo, em referência a François Hollande, que segundo o jornal domina bem o vocabulário e a linguagem dos socialistas. O jornal afirma que Hollande teve uma vantagem bem superior no debate por nunca ter exercido antes tal responsabilidade e estar na frente de um presidente em final de mandato marcado por um profunda crise econômica.

Muitos telespectadores devem ter se dado conta que o programa de Hollande pode parecer simples mas ao mesmo tempo inconsistente, diz o Le Figaro, defendendo o papel de Sarkozy de ter mostrado ao rival socialista que o mundo mudou nos últimos dez anos. O editorial concluiu que Hollande não tem uma visão de futuro para a França e Sarkozy mostrou ser mais moderno do que o candidato que quer substituí-lo.

Já o Libération escreve em seu título que Hollande presidiu o debate. No duelo intenso, Sarkozy procurou defender o seu balanço enquanto o socialista buscou afirmar sua estatura presidencial. Em sua análise, Libé diz que Sarkozy não cometeu erros graves mas esteve muito mais na defensiva e mesmo enviado às cordas, numa alusão a um combate de boxe, defendeu suas medidas mais controversas. Em editorial, o Libération afirma que o ambiente violento deste final de campanha também estava bem presente no estúdio de televisão e considera que até a dinâmica do debate foi favorável a François Hollande que se saiu melhor, na opinião do jornal. O confronto tão esperado aconteceu mesmo, escreve o econômico Les Echos.

Nesse último confronto bastante duro entre os dois candidatos, segundo o jornal econômico, Hollande insistiu no balanço muito contestado de Sarkozy enquanto o presidente denunciou a falta de credibilidade do candidato socialista. Em editorial, Les Echos afirma que os eleitores franceses mereciam mais do que um cara-a-cara concentrado em três horas e que um sentimento de frustração domina os eleitores no dia seguinte ao único debate entre os dois finalistas de uma campanha que mostrou seu anacronismo.
Para o Aujourd' hui en France além de tenso o debate foi bastante técnico e desde o início, os dois candidatos se mostraram ofensivos e não cederam em nenhum assunto abordado.

Um analista do discurso político ouvido pelo jornal declarou que o debate de de um nível de violência jamais visto na França. "Demagogia", "absurdo", "irresponsabilidade total", "mentira", "arrogância" foram algumas das expressões lembradas pelo politólogo para exemplificar o teor de um troca de acusações que surpreendeu não apenas os especialistas...
 

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