Acesso ao principal conteúdo

Orçamento do governo francês para 2013 é criticado por todos os lados

O rigoroso projeto de orçamento apresentado pelo governo francês para 2013 continua nas manhetes de vários jornais que circulam neste sábado. As reclamações sobre o esforço de 30 bilhões de euros vêm tanto da direita quanto dos radicais de esquerda, afirmam os jornais ao repercutir o impacto das medidas consideradas históricas para reduzir o déficit público do país.

O primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, (à esq.) e o ministro do Orçamento, Jérôme Cahuzac , na saída do COnselho de MInistros, na sexta-feira, 28 de setembro de 2012.
O primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, (à esq.) e o ministro do Orçamento, Jérôme Cahuzac , na saída do COnselho de MInistros, na sexta-feira, 28 de setembro de 2012. REUTERS/Philippe Wojazer
Publicidade

O jornal Le Parisien traz um panorama dos contribuintes que serão mais penalizados com a alta de impostos e afirma que os franceses mais ricos irão pagar mais junto com as empresas. Mas a classe média não vai escapar desse esforço para consertar a situação econômica do país, avisa o jornal. Nas contas do Le Parisien, 500 mil franceses que ganham acima de 150 mil euros por ano, o equivalente a 390 mil reais, terão que pagar a partir do ano que vem 45% de Imposto sobre seus rendimentos.

Para o Le Figaro, o socialista François Hollande, que tanto acusou o ex-presidente Sarkozy de adotar um programa de austeridade disfarçado, está pedindo um esforço financeiro jamais visto na história política recente da França.

Os eleitores da esquerda radical programaram uma manifestação contra a "austeridade permanente" para os franceses enquanto a direita denuncia um choque fiscal para as empresas, escreve o Le Figaro.

O Libération destaca as consequências dos cortes anunciados pelo governo para os canais da rede pública de tevê France Télévision. O orçamento, que não deve ultrapassar 80 milhões de euros, vai fragilizar os canais públicos e provocar certamente um plano de demissão de funcionários, avisa em sua manchete o jornal.

As empresas serão as que mais irão contribuir para o governo equilibrar suas despesas, escreve o Libé citando como medida de maior impacto a que vai obrigar as empresas a diminuir a dedução dos impostos sobre os juros pagos por empréstimos.

De 100%, a dedução passará a 85% nos dois próximos anos e depois para 75%. No plano, escreve o Libération, ficou claro que a a educação é a prioridade do governo socialista já que o orçamento prevê a contratação de 43 mil professores para o ensino público.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.