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Testes de guerra

Coreia do Norte lança novos mísseis no mar do Japão

A Coreia do Norte lançou mísseis de curto alcance no mar do Japão, aparentemente em manobras militares, anunciou neste sábado o ministério sul-coreano da Defesa. De acordo com o porta-voz do ministério, dois dos projéteis teleguiados foram lançados na parte da manhã e um terceiro à tarde.

Emissário japonês Isao Iijima chega a Pyongyang, no último dia 14 de maio
Emissário japonês Isao Iijima chega a Pyongyang, no último dia 14 de maio REUTERS/KCNA for Reuters TV
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A Coreia do sul vigia de perto os testes de guerra do vizinho que, frequentemente, incluem tiros de curta distância. "É preciso fazer uma análise detalhada, mas os projéteis podem ser um míssil anti-navio modificado ou um solo-solo KN-02 derivado do míssil soviético SS-21, com alcance médio de 120 km", declarou um técnico sul-coreano.

Seul classificou os lançamentos de "grave provocação": "A comunidade internacional decretará sanções muito mais severas contra a Coreia do Norte pela insistência nestas provocações absurdas", disse o porta-voz do partido governista Saenuri, Min Hyun-Joo. "Nenhuma compensação ou vantagem serão alcançadas se a Coreia do Norte não mudar e redirecionar sua política", declarou.

Os tiros acontecem dias depois de a Coreia do Sul e os Estados Unidos terem feito manobras na região, o que Pyongyang classificou como "provocação" injustificada e preparação para a guerra. Os dois países temem que os testes norte-coreanos com o míssil de médio alcance Musudan aumentem a tensão em que a península se encontra desde os testes nucleares que o norte promoveu em fevereiro.

Estes mísseis percorrem entre 2,5 mil e 4 mil quilômetros, distância suficiente para atingir a Coreia do Sul, o Japão e, eventualmente, as bases americanas na Ilha de Guam, no Oceano Pacífico. Um responsável da defesa nos Estados Unidos disse no início do mês que a Coreia do Norte haveria retirado dois Musudan do sítio de lançamento na costa leste do país em um momento extremamente delicado para a região.

Diplomacia anti-sequestro
Voltou neste sábado a Tóquio um conselheiro do Primeiro Ministro japonês que esteve na Coreia do Norte nesta semana para pedir novamente aos norte-coreanos a liberação de todos os civis japoneses sequestrados durante os anos 70 e 80 por Pyongyang. A iniciativa de enviar Isao Iijima não foi bem recebida por Seul, que a classificou de inútil.

No entanto, na imprensa japonesa acredita que a visita possa ter sido um movimento de retomada do diálogo entre os dois países, que não mantêm relações diplomáticas oficiais. Apesar de não comentar a missao, o Primeiro Ministro japonês Shinzo Abe se disse disponsto a se encontrar com o líder norte-coreano Kim Jong-Un para discutir a situação destes reféns.

Da última vez em que Iijima esteve em Pyongyang, em 2002, ele conseguiu negociar a liberação de alguns destes japoneses presos pelos serviços secretos norte-coreanos. Mas, logo depois, a Coreia do Norte anunciou que eles teriam morrido, informação que Tóquio acredita ser mentirosa.

 

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