Polícia dispersa manifestantes antes da missão da UE na Ucrânia
A polícia ucraniana dispersa os manifestantes e retira à força as barricadas das ruas de Kiev antes da chegada ao país da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, nesta terça-feira, dia 10 de dezembro. Ela encontra hoje o presidente ucraniano Viktor Yanukovitch e líderes da oposição para tentar encontrar uma solução para a crise política no país. A União Europeia teme uma degradação do ambiente com a repressão policial.
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Ontem, forças de ordem esvaziaram a sede do governo, invadida há uma semana por manifestantes que exigem a renúncia de Yanukovitch. Nesta manhã, cerca de 300 resistentes se recusavam a deixar o local, apesar da neve e as temperaturas que baixaram para -7°C.
A polícia também lançou uma operação contra o principal partido de oposição, o Batkivchtchina, da ex-primeira-ministra Iulia Timochenko. Computadores e documentos que pertenciam à mídia de oposição foram confiscados. A organização Repórteres Sem Fronteira (RSF) denuncia a ação a classificando como um grave crime contra a liberdade de informação.
Os opositores relatam que uma dezena de manifestantes ficou ferido. As operações das forças de ordem agravaram ainda mais a tensão entre o governo e a oposição.
Missão da União Europeia
Yanukovitch enfrenta uma intensa pressão dos países ocidentais para a resolução da crise no país. Ele se diz disposto a dialogar com a oposição e se encontra hoje com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e líderes opositores.
Ashton, que ficará dois dias na Ucrânia, disse estar muito preocupada com a repressão no país, e se diz especialmente chocada com a invasão da sede do principal partido da oposição. Ela teme que o uso da força na desocupação dos manifestantes atrapalhe sua missão de conciliação.
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