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Para jornal Libération, morte de Campos deixa eleição imprevisível

O jornal francês Libération deste sábado publica uma reportagem sobre os cenários possíveis para as eleições presidenciais no Brasil após a morte do socialista Eduardo Campos, em um acidente de avião na terça-feira. A tragédia “desestabiliza o Brasil”, diz o diário.

Muro em Recife exibe a imagem de Eduardo Campos.
Muro em Recife exibe a imagem de Eduardo Campos. REUTERS/Ricardo Moraes
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O PSB, lembra o jornal, tem até sexta-feira para designar quem será o candidato que ocupará o lugar de Campos na disputa eleitoral. “O drama torna imprevisível uma eleição que já se anunciava difícil para a presidente Dilma Rousseff, que briga por um segundo mandato em um contexto econômico de morosidade”, afirma o ‘Libé’.

O texto observa que, “por unanimidade”, o presidente do PSB era considerado um político “promissor”. A trajetória dele começou cedo, ao ser neto e herdeiro político de Miguel Arraes, “grande líder da esquerda brasileira”. A reportagem destaca que, durante os dois mandatos de Campos como governador de Pernambuco, o Estado teve prosperidade econômica e viu o número de homicídios cair.

O Libération lembra que Campos era amigo pessoal do ex-presidente Lula, mas rompeu com o governo de Dilma para poder se candidatar à presidência. Agora, com a morte dele, o partido precisa chegar a um consenso sobre assumir Marina Silva como candidata – ela disputaria o pleito como vice de Campos – ou escolher outro nome. Uma terceira opção, diz o jornal, seria retomar a aliança com o PT e apoiar Dilma, uma alternativa defendida por uma ala do PSB.

O diário ressalta que Marina Silva “encarna o novo” e foi a única personalidade política a sair fortalecida após as manifestações de junho de 2013. Por isso, o texto observa que uma eventual candidatura de Marina preocupa tanto os petistas, que “já fazem manobras para tentar garantir a neutralidade do PSB”, quanto os tucanos, que poderiam ser “afastados” da disputa no primeiro turno. Segundo o Libération, em uma pesquisa publicada em abril, Marina Silva contava com 27% das intenções de voto, um verdadeiro “pesadelo” para os concorrentes do PT e do PSDB, que já se viam disputando o segundo turno das eleições.
 

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