O “General do povo” que queria ser Presidente
Umaro Sissoco Embaló é o vencedor das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, com 53,55% dos votos. O "general do povo" como é conhecido pelos seus apoiantes, compara a política ao futebol e desde os 12 anos de idade que queria ser chefe de Estado.
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O major-general na reserva, de 47 anos, teve o apoio do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), um partido criado por um grupo de dissidentes do PAIGC.
Os amigos consideram-no como um "humanista" que pode levar o país ao desenvolvimento. Os adversários apontam-lhe um discurso étnico e religioso, ligado ao extremismo islâmico. Às acusações responde que é um muçulmano casado com uma católica.
Foi primeiro-ministro da Guiné-Bissau entre Novembro de 2016 e Janeiro de 2018, viveu a infância entre Gabu, no norte do país, e a capital Bissau.
O ex-militar estudou Relações Internacionais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, tem várias especializações na área da Defesa e Segurança e foi conselheiro e colaborador de líderes africanos, incluindo o histórico líder líbio, Muammar Kadhafi.
Numa primeira reacção à sua eleição Umaro Sissoco Embaló alega que trabalhará de mãos dadas com o governo e que a campanha ficou para trás, por isso não se implicará em "guerrinhas".
O candidato vencedor lembra que o país tem tudo para dar certo, não obstante se debater com múltiplas carências nesta fase.
Embaló alega ter recebido um telefonema de parabéns do seu rival derrotado há 3 dias pelo que está pronto para o receber assim que este o solicitar.
Umaro Sissoco Embaló, presidente eleito da Guiné-Bissau
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