Partidos mostram-se contra possível dissolução do Parlamento na Guiné-Bissau
O PRS e o PAIGC estão contra a dissolução do Parlamento na Guiné-Bissau, com o líder do PRS, Fernando Dias, a ter dito ao Presidente Umaro Sissoco Embaló que o momento "não é oportuno".
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Ouvir - 02:12
O Presidente Umaro Sissoco Embaló chamou os partidos para lhes dizer que vai dissolver o Parlamento e eventualmente fazer mudanças a nível da governação do país.
Os partidos com assento no Parlamento tiveram quase todos opinião própria sobre esta possível decisão do Presidente, mas quem foi de forma categórica contra o que o Presidente pretende fazer foi o PAIGC e o Partido da Renovação Social (PRS).
O presidente do PRS, Fernando Dias, que é também ministro no actual Governo explicou porque é que o seu partido é contra esta intenção de Umaro Sissoco Embaló.
"O Presidente da República convocou-nos para um encontro de trabalho e nesses encontro acabou por nos anunciar a ideia da dissolução do Parlamento, nós enquanto partido PRS entendemos que não é oportuno, neste momento, a queda do Parlamento, então aconselhamos o Presidente a não dissolver o Parlamento", disse Fernando Dias.
O líder do PRS diz que Umaro Sissoco Embaló "tem mais elementos" para avaliar a necessidade da dissolução do Parlamento, mas "enquanto partido membro da coligação" Fernando Dias diz-se contra.
Quanto à manutenção da coligação do Governo perante estas ameaças do Presidente, Fernando Dias diz que é "um assunto a discutir posteriormente".
Os outros partidos que integram o Governo, o MADEM G-15 e a APU-PDGB e o PND, mostraram-se compreensivos com a decisão do Presidente, dizendo que este tem as prerrogativas constitucionais para promover as mudanças que pretende levar a cabo a nível do cenário político guineense.
Na próxima segunda-feira vai ser conhecida a decisão final do Presidente.
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