Coronavírus: Moçambique em alerta depois de primeiro caso no país vizinho
As autoridades de saúde públicas do país já anunciaram o reforço de vigilância junto das fronteiras com a África do Sul, com vista a detectar eventuais casos de entrada de pessoas infectadas.
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O chefe de estado moçambicano, Filipe Nyusi, quebrou o silêncio esta sexta-feira sobre o coronavírus, depois da confirmação do primeiro caso no país vizinho da África do Sul, ao apelar à população para que levem em conta as medidas de prevenção.
Os moçambicanos estão agora em alerta e o reforço da vigilância nas fronteiras terrestres com África do Sul é apenas uma das muitas medidas anunciadas pelas autoridades de saúde para travar o alastrar da doença no país, que ainda não registou qualquer caso de Covid-19. Em causa está o reforço das fronteiras da Ponta D’Ouro, Goba e Ressano Garcia, a maior que liga o país à vizinha África do Sul.
Já antes, o chefe de Estado moçambicano tinha apelado a que a população evitasse "estar nos espaços altamente aglomerados para minimizar a facilidade de contaminação, evitar viagens a países onde se reporta a ocorrência do vírus”.
O Banco Central moçambicano também veio já alertar para a possibilidade da epidemia afectar a economia do país já que a China, epicentro da doença, é responsável por cerca de 9% do volume total de comércio.
O alerta da instituição bancária adverte, por isso, que os preços dos produtos poderão disparar e as exportações reduzir.
Os números do Instituto Nacional de Estatística, relativos a 2018, revelam que as exportações para a China chegaram a perto de 6%, sendo que as importações representaram cerca de 12% por cento de tudo o que Moçambique comprou ao estrangeiro.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Moçambique
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