Sociedade civil pede alargamento de tréguas no centro de Moçambique
Organizações da Sociedade civil defendem a necessidade de um diálogo sério e aberto que seja capaz de por fim à violência armada nas províncias de Manica e Sofala. O conflito já fez mais de mil vítimas em Moçambique.
Publicado a:
Ouvir - 01:13
O director do Instituto para a Democracia Multipartidária reconhece que o período de trégua, de sete dias, não permitiu às partes superarem as divergências.Dércio Alfazema defende que se devia estender o período de trégua, de modo a dar mais tempo às partes para o diálogo e na busca de soluções para o conflito que desestabiliza o centro de Moçambique.
O posicionamento da sociedade civil surge depois do fim do período de tréguas, no domingo, declarado unilateralmente pelo Presidente Filipe Nyusi com o objectivo de aproximar o governo da autoproclamada junta militar da Renamo.
O líder da junta, Mariano Nhongo disse na que estava disposto a encetar diálogo proposto pelo Presidente da República de Moçambique, o grupo tem recusado vários apelos ao diálogo, inclusive patrocinados pelas Nações Unidas e União Europeia, entre outros parceiros.
A Junta Militar da Renamo é um movimento de guerrilheiros dissidentes do principal partido da oposição de Moçambique que contesta o líder eleito no congresso de 2019, Ossufo Momade.
O grupo surgiu em Junho de 2019 e ameaçou pegar nas armas caso não fosse ouvido, sendo desde então o principal suspeito da morte de cerca de 30 pessoas em ataques contra autocarros, aldeias e elementos das Forças de Defesa e Segurança (FDS) no centro do país.
A Renamo, principal partido da oposição, declarou que "não tem nada a negociar" com a Junta Militar, mas enalteceu a trégua anunciada pelo chefe de Estado, nas acções contra aqueles dissidentes armados.
Com a colaboração de Orfeu Lisboa.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro