Acesso ao principal conteúdo
Moçambique

Morreu em Lisboa, o político e advogado moçambicano, Máximo Dias

O político e advogado moçambicano, morreu hoje no hospital Santa Maria, em Lisboa, após paragem cardio-respiratória.  Máximo Dias que vai a enterrar na quarta-feira, no cemitério do Lumiar de Lisboa, estava em tratamento médico desde 2017, na capital portuguesa, onde fez os seus estudos de Direito e residiu vários anos, antes de ser dirigente político e candidato às presidenciais na sua terra natal, Moçambique. 

Morreu o político e advogado moçambicano, Máximo Dias
Morreu o político e advogado moçambicano, Máximo Dias © Presidência de Cabo Verde
Publicidade

Morreu hoje no Hospital Santa Maria em Lisboa, o político e advogado moçambicano, Máximo Dias, com 83 anos, após uma paragem cardio-respiratória.

Máximo Dias que vai a enterrar na quarta-feira, no cemitério do Lumiar, estava doente em tratamento médico desde 2017 em Lisboa, onde fez os seus estudos de Direito que terminou em 1970.

O advogado e político moçambicano, nasceu em 1937, na província de Zambézia, e começou cedo a sua actividade social estudantil, sendo em 1961 dirigente do Centro africano de Manica e Sofala.

Máximo Dias, foi igualmente fundador em 1974 do GUMO, Grupo Unido de Moçambique, quando entrou em choque com a Frelimo, tendo negociado, em 1973, em Lisboa, com Marcelo Caetano, presidente do Conselho de ministro português, uma independência pacífica de Moçambique, e o fim da guerra colonial.

Crítico em relação ao colonialismo e à guerra colonial, chegou a ser preso em 1969 e várias outras vezes pela PIDE, Polícia política portuguesa.

Máximo Dias pediu em 1989 a Chissano para rever a Constituição

Com o desmoronamento da União soviética e a queda do Muro de Berlim, o advogado moçambicano, Máximo Dias, avistou-se em 1989 com o Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, em Lisboa, a quem pediu para fazer uma revisão da Constituição, já na perspectiva duma transição democrática e eleições livres.

A Frelimo recusou, Máximo Dias, abandonou Moçambique e passou a viver em Portugal, regressando ao seu país natal, só em 1991, para criar e ser secretário-geral do MONAMO e PMSD, Partido Moçambicano Social Democracia (MONAMO/PMSD).

Máximo Dias, seria candidato presidencial nas primeiras eleições livres presidenciais e legislativas de 1994, tendo perdido para Joaquim Chissano, cujo partido Frelimo, venceu as legislativas.

Em 1999, Máximo Dias, seria eleito deputado à Assembleia da República, na Coligação RENAMO/Aliança eleitoral de que fazia parte o MONAMO/PMSD e 9 outros pequenos partidos.

O advogado e político moçambicano, Máximo Dias, reivindicou ainda numa entrevista ao jornal Notícias, em 2007, ter sido um dos fundadores da RENAMO, com o primeiro presidente desse partido, André  Matsangaísse  e outros companheiros. 

Político conhecido nos países de língua portuguesa, Máximo Dias, era pai da advogada, Lígia Dias Fonseca, primeira dama, esposa do Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.

Na página Facebook da Presidência da República de Cabo Verde, pode ler-se que a "Dra Lígia Dias Fonseca encontra-se em Lisboa, desde o passado dia 19, acompanhando o pai neste seu caminho final".

01:43

Perfil de Máximo Dias

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.