Activista moçambicano Adriano Nuvunga ameaçado de morte
O activista e académico moçambicano, Adriano Nuvunga, foi ameaçado de morte na segunda-feira. O partido Movimento Democrático de Moçambique condena o acto e apela as autoridades a reforçarem a protecção para que casos como o do constitucionalista franco-moçambicano Gilles Cistac, assassinado em 2015, não voltem a acontecer em Moçambique.
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Adriano Nuvunga, director do Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD) e presidente da Rede Moçambicana dos Defensores dos Direitos Humanos revelou que indivíduos desconhecidos atiraram para o quintal da sua residência dois projécteis posteriormente identificados por agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) como sendo munições de arma de guerra do tipo AK-47 parcialmente embrulhadas em papel branco com a mensagem "CUIDADO NUVUNGA".
Face a esta situação, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) através do seu porta-voz, Esmael Nhacucue, já veio condenar este acto e lançar apelos as autoridades.
"Coloque-se à disposição do Doutor Nuvunga algum nível de proteção. Não podemos permitir que assuntos como o do falecido Gilles Cistac voltem a acontecer em Moçambique. Isto não dignifica, põe em causa a reputação do Estado, põe em causa os doadores, põe em causa os investidores pois nós tornamo-nos num estado terrorista", alertou o porta-voz do MDM.
A ameaça de morte de que foi vítima Adriano Nuvunga, activista crítico do regime de Maputo, foi reportada às autoridades após a ocorrência na madrugada de segunda-feira.
Em março de 2015, Gilles Cistac, professor catedrático de Direito Constitucional e director-adjunto para a investigação e extensão na Universidade Eduardo Mondlane, foi baleado quando estava a sair de um café que frequentava quase diariamente entre as avenidas Mártires da Machava e Eduardo Mondlane, no bairro da Polana em Maputo.
O acto foi condenado publicamente pelo Governo, pelos partidos e também pela França, já que Gilles Cistac tinha dupla nacionalidade. Apesar de duas pessoas terem sido detidas, até agora, não houve julgamento e as autoridades moçambicanas acabaram por não esclarecer a morte deste franco-moçambicano.
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