Moçambique admite nova plataforma de gás para responder à procura europeia
Moçambique e Portugal realizaram hoje em Maputo a quinta cimeira, na presença do primeiro-ministro português António Costa. O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, em declarações colhidas pela agência Lusa, afirmou estar-se a estudar a possibilidade de uma nova plataforma de gás por forma a responder à procura na Europa.
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A cimeira luso-moçambicana devia ter ocorrido aquando de uma deslocação de António Costa em Julho, o elevado risco de incêndios em Portugal, na altura, implicou este adiamento.
Costa participa até esta sexta-feira num Fórum de negócios e visita também a FACIM, Feira Internacional de Maputo e avista-se com a comunidade lusa na antiga colónia do Oceano Índico, para além de se avistar com soldados portugueses e a força europeia que ali se encontra.
A crise energética com que a Europa se debate, devido aos cortes russos subsequentes à invasão da Ucrânia, foram também alvo de debate, temendo-se um cenário de racionamento de energia no velho continente.
A Bacio do rio Rovuma, no norte de Moçambique, é tida como das maiores reservas de gás do planeta.
Dois projectos, em terra, estão, porém, suspensos devido à instabilidade na província nortenha de Cabo Delgado, palco de violência extremista islâmica desde 2017 (da Total e da Exxon Mobil).
Apenas um, no Oceano Índico, estaria prestes a exportar gás, o da Coral Sul, cuja produção deveria ser vendida integralmente à BP durante 20 anos, com a hipótese de mais 10 renováveis para responder à procura.
O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, admitiu estar-se a ponderar numa nova plataforma de gás para responder ao aumento da procura, nomeadamente na Europa, mas também em África (registo da agência Lusa).
Filipe Nyusi, presidente moçambicano, 1/9/2022
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