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Moçambique/África do Sul

Moçambicanos denunciam violência xenófoba na África do Sul

Transportadores moçambicanos equacionam novas rotas para chegar a Durban, no KwaZulu Natal, na África do Sul, passando por Essuatíni, a antiga Suazilândia. E isto por forma a evitar a fronteira da Ponta do Ouro, por viaturas moçambicanas terem sido alvo de ataques xenófobos já em território sul-africano.

Violência xenófoba voltou à África do Sul (aqui fotografia de arquivo de 2019).
Violência xenófoba voltou à África do Sul (aqui fotografia de arquivo de 2019). AFP/Michel Spatari
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Carros incendiados e viajantes assustados têm pontuado as deslocações recentes à África do Sul de cidadãos moçambicanos.

A tal ponto que a chefe da diplomacia de Maputo, Verónica Macamo, admitiu na segunda, 30 de Janeiro, ser "complicada" a situação, alegando que os dois governos estariam a envidar esforços para acabar com a insegurança.

A província do KwaZulu Natal, no nordeste da África do Sul, junto à fronteira com Moçambique tem sido palco de incidentes violentos, incluindo incêndios de viaturas com matrícula moçambicana.

Pelo menos 6 veículos foram queimados na estrada R22 entre Hluluwe e Mbazwane, segundo um comunicado da polícia sul-africana citado pela agência noticiosa Lusa.

A crise económica, com muitos apagões, tem agudizado tensões, com relatos de ataques a moçambicanos que vêm a território sul-africano fazer compras, por exemplo.

A agência Lusa ouviu Mamad Bachir cujo carro foi incendiado no sábado por assaltantes. O moçambicano viajava com a esposa e três filhos entre os 6 e os 12 anos, no KwaZulu Natal, a mais de 90 kms depois da fronteira com Moçambique.

O grupo de 12 assaltantes armados teria queimado quatro viaturas que seguiam rumo à fronteira moçambicana e teriam, mesmo, prescindindo de recuperar os bens dos passageiros, alegando tratar-se de um "problema com o governo sul-africano".

A situação teria traumatizado os filhos de Mamad Bachir que agora têm medo de entrar num carro.

00:48

Mamad Bachir, testemunho à agência Lusa, 1/2/2023

Por outro lado os transportadores admitem ter medo em usar aquela zona de risco para chegar à cidade sul-africana de Durban e equacionam retomar a rota antiga de Essuatíni, a antiga Suazilândia, em alternativa.

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