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União Africana

Filipe Nyusi quer "ganhar solidariedade" na 36ª Cimeira da União Africana

Addis Abeba – A participar na 36ª Cimeira da União Africana, em Addis Abeba, na Etiópia, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, disse em declarações à RFI que está neste encontro para "ganhar solidariedade" para o combate ao terrorismo e também para travar as consequências dos fenómenos metereológicos extremos que afectam o país.

Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, está em Addis Abeba para 36ª Cimeira da União Africana.
Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, está em Addis Abeba para 36ª Cimeira da União Africana. AFP - PHILL MAGAKOE
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Em Addis Abeba para participar na 36ª Cimeira da União Africana que começou hoje, Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, considera a sessão de abertura, que decorreu esta manhã, deixou claro que esta organização pretende aumentar os esforços de combate ao terrorismo, um flagelo que assola Cabo Delgado desde 2017.

"Transmitimos a nossa mensagem, mas o relatório do Conselho de Paz e Segurança vai abordar estes aspectos. Deu para ver os discursos de abertura onde ficou claro que a União Africana alguma coisa tem de fazer no âmbito multilateral [sobre o terrorismo], mas nós também temos estado a dar espaço nos contactos bilaterais onde abordamos estes problemas de forma concreta", disse o Presidente em declarações à RFI.

Moçambique foi de facto citado nalguns dos discursos da sessão de abertura desta manhã, um destaque que corresponde às expectativas do líder moçambicano que procura neste encontro de alto nível "ganhar solidariedade" junto dos seus homólogos tanto para o combate ao terrorismo, como para os fenómenos climáticos extremos motivados pelo aquecimento global.

"Temos falado sobre a situação de desastres naturais em todos os fóruns, estamos a viver momentos difíceis por causa das inundações e damos prioridade a este tema. Falamos também sobre a questão da segurança, o combate ao terrorismo e estou a fazer um trabalho fora dos microfones, ganhando mais solidariedade em todos os sentidos, não só no combate militar, mas sobretudo na reconstrução das zonas recuperadas e formação dos jovens que vivem nestas zonas", declarou.

Moçambique inaugurou hoje uma exposição de fotografias no lobby principal da sede da União Africana sobre desastres naturais, já que Filipe Nyusi foi em 2022 representante da União Africana para a gestão de riscos e desastres naturais em África. Actualmente, as cheias em Moçambique já fizeram pelo menos nove mortos e atingiram 40 mil pessoas no Sul do país.

Quanto às expectativas para esta cimeira, o Presidente moçambicano afirmou que tanto as alterações climáticas como a soberania alimentar estão na agenda e que o trabalho nestes âmbitos vem sendo desenvolvido há vários mases, como aconteceu na Cimeira de Dakar sobre a segurança alimentar, cabendo agora aos Chefes de Estado presentes em Addis Abeba de validar o que "todos" querem: "um Mundo pacífico, uma África próspera".

Para contribuir para este esforço, o líder moçambicano lembrou que o seu país ocupa actualmente um lugar não-permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o que lhe permite ser uma voz activa de África no seio desta instituição.

"Vou ter agora um encontro A3, que representam o continente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que somos nós, o Gabão e o Gana, portanto serem a voz de África nesta matéria", concluiu Filipe Nyusi.

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