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Moçambique

Moçambique em alerta vermelho devido às cheias e à chegada do ciclone Freddy

O Conselho de Ministros moçambicano decretou ontem o alerta vermelho para facilitar o apoio às populações afectadas pelas cheias, numa altura em que o ciclone Freddy está a aproximar-se do litoral do país depois de ter varrido Madagáscar onde provocou 4 mortos e mais de 16 mil sinistrados. Filimão Suze, porta-voz do conselho de ministros indicou que através do mecanismo desencadeado ontem, os procedimentos de requisição civil para acções de resgate ficam mais simples.

De acordo com as autoridades moçambicanas, as cheias no sul do país provocaram pelo menos 11 mortos e afectaram 43 mil pessoas nestas últimas semanas.
De acordo com as autoridades moçambicanas, as cheias no sul do país provocaram pelo menos 11 mortos e afectaram 43 mil pessoas nestas últimas semanas. © LUSA
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“Com o alerta vermelho abre-se espaço para que, com muito maior flexibilidade e simplificação de procedimentos, o Governo possa lançar mão a mecanismos para minimizar o sofrimento”, indicou este responsável referindo a título de exemplo que ficam facilitados procedimentos como a requisição civil que devam rapidamente “envolver mais meios e pessoas” em operações de resgate.

Segundo um último balanço apresentado ontem no final do dia, aumentou para 95 o número de óbitos desde o início da época chuvosa em Outubro, 11 dessas mortes tendo ocorrido entre os dias 7 e 20 de Fevereiro devido às cheias que continuam na província e cidade de Maputo. 

De acordo com as autoridades, as cheias destas últimas semanas na zona sul afectaram igualmente um pouco mais de 43 mil pessoas, o ministro da Saúde, Armindo Tiago, tendo por outro lado confirmado a existência de um surto de cólera que provocou 37 mortos e infectou mais de 5.200 pessoas devido à época chuvosa.

Ao anunciar que vai dar início a uma campanha de vacinação contra esta doença no próximo dia 26 de Fevereiro, com o objectivo de abranger um pouco mais de 700 mil pessoas em oito distritos das províncias de Niassa, Sofala, Zambézia e Gaza, o governante não deixou de apelar as comunidades à vigilância perante a chegada possivelmente na noite de quinta para sexta-feira do ciclone Freddy na zona centro-sul do país.

É desconhecida, para já, a força que deveria ter o ciclone quando chegar junto do território moçambicano. O que se sabe é que apesar de não ter causado danos significativos nas ilhas Maurícias e na ilha da Reunião aquando da sua passagem no começo da semana, o ciclone Freddy matou 4 pessoas e afectou mais de 16 mil pessoas quando varreu ontem a região leste de Madagáscar.

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