Freddy já fez mais de 100 mortos no Malawi e em Moçambique
O ciclone Freddy, que está a cumprir uma rota pouco habitual, já fez mais de 100 mortos no Malawi e em Moçambique. Blantyre já declarou estado de calamidade em várias partes do sul do país.
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Dados actualizados esta terça-feira, mas ainda provisórios, dão conta de 99 mortos no Malawi e destruição generalizada e 10 em Moçambique. Todas as vítimas mortais moçambicanas foram registadas na província da Zambézia, centro, atingida pela tempestade desde sexta-feira, 10 de Março de 2023.
O Instituto moçambicano de Gestão de Desastres estima que mais de 22 mil pessoas deram entrada nos centros de abrigo, porém alerta que o número total de afectados seja mais elevado.
As autoridades falam em mais de 800 casas precárias destruídas e outras mil com diversos prejuízos, sobretudo nas coberturas de zinco levadas pelo vento.
Luísa Meque, presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Risco de Desastres
O ciclone Freddy formou-se no norte da Austrália, a 04 de Fevereiro e pode vir a converter-se no ciclone tropical mais duradouro já registado, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial.
O ciclone atravessou todo o sul do Oceano Índico até ao sul do continente africano, atingiu Madagáscar a 21 de Fevereiro, antes de chegar a Moçambique no dia 24.
Esta é a segunda vez que o ciclone Freddy atinge o continente, numa trajectória em arco pouco comum.
A cidade portuária de Quelimane, no centro de Moçambique, situada a 40 quilómetros de onde o ciclone tocou a terra, ainda está isolada do restante do país, sem água, electricidade e telecomunicações.
O ciclone Freddy já perdeu força e é agora uma tempestade tropical, mas ainda assim deverá provocar chuva intensa até quarta-feira no centro de Moçambique.
O ciclone tropical Freddy provocou 10 óbitos durante a sua passagem pela província da Zambézia no centro de Moçambique.
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