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#Moçambique

CNE diz que está tudo pronto para autárquicas em Moçambique

O presidente da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique, Carlos Matsinhe, diz que está tudo pronto para as eleições autárquicas de 11 de Outubro. Esta semana, o autoproclamado Estado Islâmico reivindicou um novo ataque em Mocímboa da Praia, onde a violência começou há precisamente seis anos.

Eleições autárquicas em Moçambique. 10 de Outubro de 2018.
Eleições autárquicas em Moçambique. 10 de Outubro de 2018. AFP - ROBERTO MATCHISSA
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Na próxima quarta-feira, 11 de Outubro, cerca de nove milhões de moçambicanos vão às urnas para eleger os autarcas de 65 cidades e vilas. Carlos Matsinhe, presidente da Comissão Nacional de Eleições, disse que os materiais de votação já estão no país. 

“Os órgãos eleitorais estão preparados para a realização destas sextas eleições na próxima semana. Os kits para a votação já estão dentro do país e nas províncias. Portanto, o que resta é apenas afinar a máquina e esperar pelo dia da votação”, afirmou Carlos Matsinhe.  

Entretanto, o presidente do MDM, Lutero Simango, lançou um apelo aos apoiantes do seu partido para que não respondam a provocações de membros e simpatizantes da FRELIMO, partido no poder.  A campanha eleitoral termina no domingo.

Esta semana, o autoproclamado Estado Islâmico reivindicou um ataque em Mocímboa da Praia, com três engenhos explosivos, contra as forças armadas de Moçambique e dos países da SADC. A informação foi avançada nos canais de propaganda do grupo terrorista e noticiada pela agência Lusa que não conseguiu verificar no terreno a veracidade da reivindicação. O distrito de Mocímboa da Praia foi o primeiro alvo dos ataques terroristas em Cabo Delgado, no norte do país, há precisamente seis anos, e Mocímboa da Praia chegou a funcionar como quartel-general dos rebeldes durante pouco mais de ano, até ser recuperada, em Agosto de 2021, pela acção conjunta das forças governamentais moçambicanas e do Ruanda.

Entretanto, em Agosto deste ano, o exército moçambicano anunciou a morte de vários dirigentes do grupo terrorista, incluindo o alegado líder, o moçambicano Bonomade Omar.

Ontem, quarta-feira, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, reconheceu que o terrorismo que há seis anos afecta a província de Cabo Delgado é uma “grave e nova ameaça à paz”, mas sublinhou que não é um conflito religioso.

Desde 2017, o conflito no norte de Moçambique fez mais de um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e cerca de 4.000 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED.

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